A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Eduardo Bomfim

Advogado
Snowden e a questão nacional

Na década de 60 passada o ex-presidente dos Estados Unidos Dwight Eisenhower usou o termo Complexo Industrial-militar para denominar a junção de grandes corporações capitalistas norte-americanas na produção de máquinas de guerra tanto para fins de defesa dos interesses imperiais, quanto no bilionário negócio internacional de armamentos.

O que há em comum

Como já era óbvio as manifestações populares de evidente insatisfação com a realidade em que vivem e que sacodem o País passou ao cenário da luta política institucional onde se trava um duelo entre a necessidade de fundamentais reformas sociais, das instituições, e os interesses conservadores que buscam sustar essas demandas ou, no máximo, realizar mudanças cosméticas, que assegurem intocados os seus privilégios.

Novo cenário

 Darcy Ribeiro, antropólogo que nos ajudou a compreender o Brasil, atento aos fenômenos da luta política afirmou que sempre é preciso ir tirando os véus que os encobrem, desvendando, a fim de revelar a obviedade do óbvio e que o complexo disso tudo é que parece um jogo sem fim porque só conseguimos desmascarar uma obviedade para descobrir outras, mais óbvias ainda.

O próximo capítulo

As manifestações estudantis, populares que vêm sacudindo o País resultaram no congelamento, redução das tarifas dos transportes coletivos em praticamente todas as cidades, deflagraram um processo político de intensa profundidade.

Realidade e paradoxos

Graciliano Ramos, mestre da literatura mundial, ilustre alagoano, comunista, dizia que no Brasil existe uma minoria de opulentos, uma classe média instruída e na base da sociedade uma maioria de gente vivendo como bichos, reduzidos à luta pela sobrevivência, levando uma vida ordinária.

Cem por cento

A declaração do presidente dos Estados Unidos Barack Obama em resposta às denúncias de Edward Snowden, um agente da CIA, que o governo norte-americano espiona seus cidadãos através da internet, sistemas de telefonia, foi: ninguém pode ter 100% de privacidade.

É o impulso homicida

Mais uma vez o País é ocupado por um desses debates que tomam conta da grande mídia hegemônica nacional, antes devidamente pautado pelas matrizes internacionais, acerca dos índices crescentes de violência e criminalidade em quase todas as partes do mundo.

Hipocrisia desorganizada

O neoliberalismo hegemônico nessas últimas três décadas, com suas variantes mitigadas mundo afora conforme as circunstâncias históricas, políticas de cada País ou região, encontra-se em profunda crise econômica, inegável disfunção de identidade.

A economia da náusea

Quando as condições reais estiverem amadurecidas, será uma necessidade histórica a investigação dos crimes cometidos durante a vigência hegemônica da doutrina neoliberal no mundo escudada sob a proteção da guarda pretoriana norte-americana.

O que faz falta

A América Latina é uma região que se ergue reivindicando com energia a superação de séculos de atraso e subjugação do colonialismo e neocolonialismo.

Nossa América

Em meio à profunda crise estrutural do capitalismo em sua fase neoliberal, que já perdura por mais de três décadas no planeta, todos os olhos se voltam para a América Latina como sinal de esperança a um mundo menos injusto, dilacerado por guerras imperialistas, correntes migratórias atônitas de trabalhadores desempregados, destruição da identidade dos povos etc.

Muralha da informação

Dentre os vários problemas nacionais um deles é sem dúvida alguma a muralha da informação, ou da contrainformação, que separa o Brasil da realidade mundial e não se trata da informação imparcial porque como já se disse não há notícia ingênua, mas da narrativa dos fatos com algum grau de objetividade, veracidade.

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