Há uma ideia recorrente de que os produtos chineses são de má qualidade. Não é verdade. Não foi isso que presenciei ao visitar vários setores produtivos do gigante asiático.
Em 1949 o exército popular, composto essencialmente de camponeses e sob a liderança de Mao Tse Tung, conquistava o poder político na China. Iniciava, assim, a construção da nova sociedade socialista e inaugurava a teoria do “cerco da cidade pelo campo”, o que acabou sendo copiado mecanicamente em varias partes do mundo sem que se levasse em conta a particularidade chinesa, ou seja, um país essencialmente rural.
Acabo de retornar da China onde, juntamente com vários profissionais ligados ao setor primário, em particular os que atuam no imprescindível trabalho de assistência técnica e extensão rural, visitamos cidades, povoados, feiras, mantivemos contato com autoridades, empresários e gente do povo. Farei uma série de artigos, dentro da “série China”, retratando o que percebi.
Sou adepto da teoria da recorrência, aonde considero importante retornar sempre ao mesmo tema para tentar formar uma opinião. Me valho dessa teoria hoje, novamente, neste artigo. Retorno ao tema Zona Franca de Manaus, que tratei na semana passada. Dessa vez, para comentar a entrada de uma fábrica do energético Red Bull no nosso Polo Industrial.
Tenho assistido a certa distância, por absoluta falta de paciência, o desenrolar do esporte predileto de certos segmentos sociais amazonenses: especular sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM), os quais se dividem, fundamentalmente, em 03 grupos:
O ano que encerrou foi, no fundamental, bom para os trabalhadores. O Brasil avança economicamente, mesmo diante da crise global do capitalismo. A política de salário mínimo registra um dos maiores vencimentos de toda a história.
A morte de trabalhadores rurais na Amazônia, lamentavelmente, é uma rotina. E de maneira geral essas mortes são seletivas, se voltam contra as suas principais lideranças, sugerindo que os mandatários desses assassinatos tem presente à assertiva de Karl Marx no Dezoito Brumário, para quem “os camponeses não conseguem representar a si mesmo, precisam ser representados”.
Expoagro está em sua 38ª edição. A feira já faz parte do calendário do setor primário amazonense e tornou-se o maior evento de massas do nosso Estado. Por lá passam cerca de 500 mil pessoas durante oito dias de realização do evento.
No Amazonas há um fato pitoresco, atribuído a um poeta local, que no início do golpe militar de 1964 teve a sua prisão decretada pelos órgãos de repressão. Ao ser informado de que a causa era suspeição de ser comunista, protestou veementemente: “eu não aceitei nem a república, quanto mais o comunismo, eu sou monarquista”.