A ONU decidiu constituir uma comissão independente de cientistas para revisar o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC , na sigla em inglês). A decisão se tornou imperiosa diante dos sucessivos questionamentos que os cientistas ligados ao painel do clima vêm sofrendo, inclusive com a denúncia de fraude e/ou manipulação de dados para sustentar a versão oficial do IPCC.
O congresso nacional está incumbido de atualizar o código florestal brasileiro. Como “a natureza e a sociedade se transformam e evoluem permanentemente”, é mais do que natural que regras escritas há mais de 50 anos precisem de atualizações.
O desafio central das Reservas Extrativistas ou de qualquer outra modalidade que comporta o uso de seus recursos naturais para a atividade produtiva é demonstrar, de forma dialética, que é possível preservar o meio ambiente e elevar o padrão de vida das populações tradicionais que lá viviam mesmo antes de se conhecer o conceito de sustentabilidade.
O ano de 2010 começa com boas e más notícias, como é mais ou menos previsível em todos os anos. Afinal, todos os fenômenos estão interligados e em disputa permanente.
As boas notícias vêm da locomotiva chinesa, que cresce ao nível de quase 10% ao ano, mesmo diante da crise provocada pelo “dinâmico” sistema capitalista. Nesse ritmo a economia chinesa será a 2ª do mundo ainda em 2010 e pode ultrapassar os Estados Unidos nos próximos 10 anos.
O terremoto que acometeu o Haiti no dia 12 de janeiro deve deixar 150 mil mortos, segundo previsões do Governo do país. Os milhares de sobreviventes precisam de ajuda de toda a natureza: veículos, alimentos, remédios, água e de gente, muita gente, seja médicos ou pais para as crianças órfãs.
Inspirado em Joseph Goebels – chefe de propaganda de Hitler – segundo o qual “se você repete uma mentira mil vezes ela vira verdade”, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, proclamou num semanário nacional, semana passada, que “nós somos a esquerda”. Nós quem cara pálida? O PSDB – que inventou o “valerioduto” e aplicou a fracassada política neoliberal – ou a extrema direita encastelada no PFL, de idêntica prática moral e econômica?
Toda vez que vou a um país da América do Sul ou me detenho na análise dos dados sociais, econômicos e geopolíticos de cada um deles, me convenço ainda mais da necessidade imperiosa de integração da America do Sul por intermédio do grande “país” chamado America do Sul.
O ano de 2009 se encerra daqui há 3 dias. Faz-se necessário fazer o balanço das questões estratégicas que ficaram pendentes na esfera pessoal, partidária e de caráter nacional. Ao mesmo tempo precisamos mirar 2010 como o espaço temporal no qual nós procuraremos superar esses desafios, dentre os quais o de construir um “país” chamado América do Sul.
Não me filio aos catatrofistas para quem o planeta terra vive seus estertores por conta do aquecimento global. O problema é grave e, em curto prazo, tende a se agravar ainda mais em decorrência da intransigência demonstrada pelos Estados Unidos da América perante a fracassada “Conferência sobre o Clima” – COP 15 – que acaba de ser concluída em Copenhague, Dinamarca.
Recentemente o jornal Folha de São Paulo se escandalizou ao “descobrir” que os “índios” Tikunas organizaram a sua própria polícia, uma “milícia indígena”. Revela apenas o profundo desconhecimento do Brasil, do Brasil real. Mas terão um motivo a mais para se “chocarem” quando forem a BR 230 – a Transamazônica – e constatarem que os índios Tenharim estabeleceram um pedágio para quem deseje ou necessite trafegar naquela rodovia.
Nos próximos 15 dias o mundo estará de olho em Copenhague. Talvez a expectativa seja maior do os resultados práticos que sairão da COP 15, mas isso não importa. O que conta é que o mundo vai se dando conta de que, efetivamente, estamos chegando ao limite.