Às vezes a aridez da rotina nos amortece para as verdadeiras belezas da vida. Aquelas que, na retrospectiva da hora fatal, serão as lembranças a descer os fatídicos sete palmos conosco. É o sorriso do filho, é aquela namorada, a carraspana olímpica com os amigos, é o orgulho dos pais quando recebemos o primeiro salário, é a alegria do estádio em dia de clássico. Enfim, é tudo aquilo que importa e, por isso mesmo, é o que interessa.
Há poucos dias atrás, a cidade de São Paulo acompanhou, com justa indignação, a história do assassinato do estudante Victor Deppman, morto por outro jovem – este, às vésperas de completar 18 anos. O caso, como era previsível, ensejou a volta dos debates acalorados acerca da redução da maioridade penal.
Permitam-me abusar da obviedade, mas abro estas linhas esclarecendo que, em 2012, São Paulo elegerá um prefeito. E mais: São Paulo só quer e só precisa mesmo disso: um prefeito.
José Henrique Reis Lobo já foi um tucano de posição importante. Foi secretário do governo de São Paulo, ex-presidente da direção municipal do PSDB e é, mais relevante, da cozinha de José Serra.
Do alto de seu talento indiscutível, Nelson Rodrigues intitulava-se um reacionário. O rubor lhe subiria às faces se agora, em seu centenário, ele estivesse aqui para conhecer a falta de brilho dos reacionários de atualmente. Estão mais para os idiotas que, tal como vaticinou o cronista, dominam o mundo.
Sempre que o PSDB não pensa em nenhuma proposta nova para o país, trata logo de convocar um seminário para expor – ao ridículo, claro – a tal "nova agenda" que diz pretender para o Brasil.
Empresto o nome do livro de Gabriel Garcia Marquez a este artigo para falar, ainda outra vez, sobre a crise política envolvendo o ministério do Esporte. O que se viu nas últimas duas semanas foi uma ação articulada, em bloco, que uniu a quase totalidade dos grandes meios de comunicação do país contra Orlando Silva e o PCdoB. Tudo sem nenhuma prova – ou mesmo evidência relevante – contra o ministro.
A UJS de 2011 é uma entidade mais extensa em militância, mais complexa na sua pauta e mais diversa em suas áreas de atuação em comparação ao que era uma década atrás. Não fossem tais mudanças, que engrandeceram nossa entidade, a UJS não conseguiria ser viva e pujante hoje, talvez a mais importante e longeva experiência de organização política juvenil brasileira.
Jovens de todo o país estarão em janeiro de 2011 na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro para uma maratona de atividades: Coneb da UNE, Encontro de Grêmios da UBES e Bienal de Cultura dos estudantes.
Num botequim do Jaçanã, dias atrás, veio o intervalo do Jornal da Record. Na quinta vinheta seguida do candidato José Serra, alguém no balcão protestou: "Pqp, de novo a mesma coisa?!" A cena, real, aconteceu em um conhecido reduto dos votos conservadores – a aprazível zona norte paulistana.