De vez em quando nos chegam boas notícias dos Estados Unidos. Umas, bem recentes, revelam a mudança de hábitos e principalmente de pensamento da juventude da nação ianque. Em resumo, pesquisas confiáveis demonstram que o capitalismo anda em baixa por lá.
As crises econômicas, como sabemos, são cíclicas e até necessárias ao sistema capitalista. Em sua vasta obra, especialmente em “O Capital”, Marx já destrinchou isso de cabo a rabo. Mostrou que o sistema é injusto por natureza, pois depende da exploração do homem pelo homem, ou seja, não sobrevive sem o que nós chamamos de desigualdade social.
A magazine “Isto É” traz esta semana nova matéria paga sobre Dilma. Dói a qualquer jornalista de verdade! Em resumo, destila o chavão machista de que toda mulher que assumir o poder, além de ser corrupta ou incompetente, é sempre doida.
Faleceu semana passada um grande brasileiro, Clodomir Santos de Morais. Foi em Santa Maria da Vitória, na Bahia, às margens do rio Corrente, onde ele nasceu onde e onde queria morrer. Incansável, respeitado no mundo inteiro, trabalhou até seus últimos dias, prestes a completar 88 anos de idade.
A História segue implacável, só que mais rápida nos tempos de agora. Embora muita gente se julgue imune ou até superior a ela, não tem jeito, ela acaba se sobrepondo de modo soberano e altaneiro em seus julgamentos.
As manifestações de 13 de março foram de fato maiores que as anteriores, mas bem mais caras também. Cálculos aproximados demonstram que os gastos com alegorias, trajes, equipamentos e transporte entraram com folga na casa dos milhões em cada uma das principais cidades do evento.
Uns personagens da política e do jornalismo têm se vangloriado por fazer parte da Academia Brasileira de Letras (ABL), entidade criada à imagem e similitude da congênere francesa. Foi mais uma dentre tantas invenções da elite intelectual de Paris que virava coqueluche no Rio de Janeiro do século 19.
O conteúdo da denúncia feita pela jornalista Miriam Dutra sempre foi do conhecimento da maioria dos profissionais dos primeiros times da grande imprensa tupiniquim. Era quase público e notório o caso dos dois. Só não vinha à tona por razões diversas, inclusive a de que se tratava de assunto de foro íntimo do então poderoso macho.
Outro dia, a rede Globo publicou uma nota dizendo que não cabe a jornalistas investigar nada. Ou seja, decretou o fim do jornalismo. Muito ao contrário, pelo que eu aprendi lá atrás, quando iniciei na profissão, ao repórter cabe desconfiar de tudo e, portanto, investigar sempre mais.
No período da ditadura pós-64, a Polícia Federal era um instrumento da repressão, e pronto. No entanto, a Constituinte 1988 deu a esse órgão uma nova função, definida, em seu artigo 144, como órgão de segurança pública destinado a “apurar infrações penais (..) cuja prática (…) exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei.”
A propósito dos recentes atentados em Paris, França, lembrei do arqueólogo e aventureiro britânico Thomas Edward Lawrence, fundamental na derrota otomana na 1ª Guerra Mundial (1914/18). Não se justifica atos como os ali praticados, mas ouvir a voz deste homem pode ajudar a entender melhor a atual conjuntura do Oriente Médio.
Um amigo meu, advogado no interior de Santa Catarina, esteve na última terça-feira cedo num ponto onde um caminhoneiro (de verdade) havia sido parado numa via federal, em barreira de supostos colegas. Era um parente seu, que não sabia o que estava ocorrente e pediu sua ajuda em meio ao lockout realizado em algumas estradas do país desde o dia anterior e anunciado enganosamente como “greve de caminhoneiros”.