A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

João Guilherme Vargas Netto

É consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo
Lutar com justiça

É de grande interesse para os trabalhadores e para os dirigentes sindicais compreenderem a contradição que existe entre o bolsonarismo e a realidade, ou seja, a contradição entre as expectativas despertadas no eleitorado e na sociedade por suas promessas e pregações e o que efetivamente fará o governo do capitão.

O ruim e o pior

As declarações, postagens, reuniões, visitas e indicações ministeriais feitas pelo presidente eleito (impondo às mídias sua pauta durante o período de transição) parecem confusas e contraditórias, mas têm confirmado e radicalizado as posições que ele expressou durante sua campanha e que foram referendadas por seus eleitores. Nelas não se nota nenhum traço de estelionato eleitoral.

O pulo da onça

Dizem que os grandes animais antediluvianos ao sofrerem uma ferida letal levavam um tempo enorme para morrer. Seu cérebro, minúsculo, era tardo em processar tal informação.

É o fim!

Em um documento da Frente Parlamentar Evangélica de 24 de outubro estava explicitada a proposta de extinção do ministério do Trabalho e da repartição de suas atribuições por meio de secretarias subordinadas a alguns dos ministérios restantes (que seriam 15).

Existir, resistir, unir 

Durante vários anos e em ondas sucessivas os trabalhadores brasileiros – e seu movimento sindical – sofreram as consequências da globalização da economia (com a reestruturação do sistema produtivo para atender os rentistas), da pior recessão de nossa história e das agressões desencadeadas pela lei trabalhista celerada.

  Andar junto com os trabalhadores

Ontem, dia 22, alguns sindicatos em todo o país cumprindo o mandato determinado pelas centrais sindicais realizaram panfletagens e manifestações em locais de trabalho e em pontos de concentração popular contra a deforma previdenciária.

Brincar com fogo

Com sua experiência e bom senso os dirigentes sindicais não devem brincar com fogo nos arranjos do novo governo.

Martelar o prego

Os jornalões registraram, com números e análises, os dois grandes efeitos da lei trabalhista celerada até agora. Foram as quedas fortes nos números das ações trabalhistas e das negociações e acordos.

A linha Mano Brown

Frente aos riscos da estratégia bolsonarista de dividir os trabalhadores para melhor derrotá-los erguendo uma muralha da China entre a base sindical organizada e os milhões de trabalhadores informais, subutilizados, aposentados e desempregados o movimento sindical deve reforçar sua unidade de ação, manter a sua agenda prioritária, mas adotar também a linha Mano Brown para falar com a “periferia” do movimento e ser ouvido por ela.

Sem capitulação, sem aventura

Quantificada a derrota o movimento sindical em todas as suas expressões e lideranças deve começar a empreender o caminho da resistência.

A segunda vinda

Quase tudo já foi dito e agora só nos resta ouvir a voz das urnas.

Pode piorar

No apagar das luzes de seu governo, repudiado por todos, o presidente da República decretou em 15 de outubro a criação da Força-Tarefa de Inteligência para o enfrentamento do crime organizado no Brasil.

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