Todos aqueles, como eu, que acompanham a trajetória do movimento sindical e procuram ajudá-lo a exercer o protagonismo social que lhe é próprio, ficam muito orgulhosos quando ele faz alguma coisa criativa, útil e vitoriosa.
A história da luta dos trabalhadores – e a própria história do trabalho humano – é marcada por trágicos episódios que ilustram seu rigor.
Perguntaram-me se o movimento sindical sairá de mãos abanando da reunião com Dilma. A pergunta se referia, é óbvio, à reunião das centrais sindicais com a presidente da República no dia 14, em Brasília.
As grandes atribuições dos sindicatos ao representar institucionalmente suas bases de trabalhadores consistem em garantir para eles as melhores condições salariais e de emprego.As federações e confederações, agrupando sindicatos de mesmas categorias ou setores coordenam, nos espaços estaduais ou nacionais, estas lutas.
Nestes dias de tensão que precedem a reunião do Copom para determinar a taxa Selic de juros cresce a gritaria dos rentistas interessados em reverter a sua queda continuada e fazê-la subir.
Li diversos artigos do livro produzido pela Casa das Garças (ninho de tucanos cariocas) com debates sobre a desindustrialização. Alguns deles têm a fosforescência ilusória do rigor matemático, mas são inabordáveis e inúteis.
Agora que as centrais sindicais tomaram gosto pela estratégia de unidade na ação e colhem os frutos de suas vitórias é preciso rememorar o caminho percorrido.
Com a apresentação pelo Dieese do balanço das negociações salariais de 2012 ficou documentado o paradoxo do desenvolvimento da economia brasileira (pelo menos aos olhos dos trabalhadores dos países desenvolvidos em crise): a média dos ganhos reais de salários foi mais que o dobro do crescimento do PIB, ou seja, no Brasil está havendo distribuição funcional de renda em benefício dos salários.
A um comentarista engajado e comprometido como sou, cabe saudar o novo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias e desejar-lhe sucesso pleno em suas novas tarefas.
Não me canso de comentar o estrondoso sucesso da 7ª Marcha do dia 6 de março, em Brasília.
O que me garantiu o acerto de minhas profecias no texto anterior foi a confiança que tenho nos companheiros, em seu agudo senso de mobilização, organização e unidade e na justeza e correção das reivindicações apresentadas em Brasília à sociedade e às autoridades.
Uma das provas da implicância da grande imprensa com o movimento sindical é dificuldade que tenho em selecionar uma reportagem, um artigo ou um comentário bem elaborado, justo e fundamentado quando o assunto é sindicato. São dois mundos (o da mídia e o sindical) que, infelizmente, não se tocam com simpatia.