A luta dos trabalhadores brasileiros contra a ofensiva brutal da burguesia sobre seus direitos teve uma expressão política concentrada na semana passada em torno do famigerado Projeto de Lei 4330, que dispõe sobre a terceirização, que outra coisa não é senão a precarização do trabalho.

Na passagem do Dia do Jornalista, neste 7 de abril, congratulo-me com todos os meus colegas, profissionais que exercem o seu ofício com senso de responsabilidade e se apegam à verdade como o valor mais precioso, em contraste com a usina de mentiras em que se transformaram os meios de comunicação privados e monopolizados.

Algo prejudicial a uma força política que está sob cerrado ataque do inimigo, em meio a uma intricada crise política, alvo de uma megaoperação de cerco e aniquilamento, é a divisão das próprias fileiras, a fragmentação de posições e o criticismo a partir de opiniões que, mesmo bem intencionadas, servem objetivamente aos interesses da direita.

Os comunistas e o conjunto das forças da esquerda consequente orientam-se no Brasil há muito tempo pelo princípio da acumulação de forças, no que joga papel decisivo uma bem formulada política de alianças com sentido estratégico e tático.

Na comemoração do 93º aniversário do Partido Comunista do Brasil, minha homenagem ao militante anônimo, desprendido e abnegado, que luta diuturnamente pelos direitos do povo, a emancipação dos trabalhadores, a democracia, a soberania nacional e o socialismo, àquele que não pergunta o que ou quanto vai ganhar pela atividade, que não reivindica cargos nem prebendas.

O Partido Comunista do Brasil celebra o seu aniversário este ano, em 25 de março, no conturbado ambiente de uma brutal ofensiva reacionária promovida por forças antidemocráticas e antinacionais, somente comparável às que precederam a tragédia do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e o golpe militar que instalou a ditadura dos generais fascistas, em 1964.

O Brasil está vivendo um momento crucial em sua história, de intensa polarização política. As forças derrotadas em quatro sucessivas eleições presidenciais, nomeadamente o PSDB e seus aliados mais próximos, decidiram apelar para as manobras políticas mais torpes, das quais não se excluem ofensas de baixo nível à mais alta mandatária da nação, ameaças fascistas, destilação de ódio e a intentona golpista representada pela irrealista proposta do impeachment da presidenta da República.

Há dois anos, no dia cinco de março, falecia Hugo Chávez, o comandante da Revolução Bolivariana, presidente da República e líder do Partido Socialista Unificado da Venezuela. Deixou um vazio imenso, que os líderes atuais, sob a direção do presidente Nicolás Maduro, esforçam-se por preencher.

Na política, como na vida, nada é absoluto a não ser o movimento. E precisamente neste está contida a polarização como lei inexorável da luta política e social. É dos antagonismos que surgem as mudanças. A crise é o momento que precede as mudanças. Não se pode fugir nem da polarização nem das crises se se quer revolucionar a sociedade.

Não foi só de natureza estética o choque provocado pela propaganda partidária que em pílulas de 20 segundos aparece nos últimos dias em avalanche no horário dito nobre da televisão aberta. Depois de uma semana inteira marcada pelas imagens feéricas do Carnaval, o público terá que se acostumar, pelo menos até a próxima quinta-feira (26), com os cenários e figuras nada carnavalescos de deputados, senadores e ministros anunciando que irão surpreender a nação com uma mensagem “de apoio ao Brasil.”

A oposição neoliberal e conservadora, em conluio com a mídia monopolista privada, trabalha afanosamente, dentro e fora do Congresso Nacional, para criar um ambiente de instabilidade política e ingovernabilidade. Uma ação política golpista visando ao impeachment ou qualquer outra forma de deposição da presidenta da República.

O 4 de fevereiro entrou para a história da América Latina como o dia em que começaram a mudar estruturas políticas, econômicas e sociais na Venezuela, com impacto em toda a região. Naquele dia, há 23 anos, o então tenente-coronel Hugo Chávez Frías, à frente de um pugilo de militares, e de um ainda espontâneo movimento popular, se alçou em rebelião armada, iniciando um processo depois batizado de Revolução Bolivariana.