Por que a permanência dos mesmos métodos e formas de campanha eleitoral?
Aprendo muito com pessoas simples que atendo em meu gabinete e com os que me abordam na rua. Basta ouvir com atenção, mesmo que a gente discorde de quem está nos falando.
Tudo bem que as redes sociais não são nem serão jamais o paraíso democrático que muitos acreditavam viessem a ser. Mas servem como bom meio de comunicação entre as pessoas, apesar de todas as imposições restritivas via algoritmos.
“Certa vez, como ocorre com certa frequência, um grupo de estudantes me entrevistou demoradamente (no meu gabinete de vice-prefeito do Recife) acerca do período do regime militar”.
Quando um povo perde a perspectiva tudo fica mais difícil.
Vejo no Instagram uma foto perfeita, em preto e branco, de uma criança entre dois adultos num banco que me parece de trem ou metrô. Belíssima cena — embora improvável.
Nos idos de 1985, a maioria das correntes de esquerda ainda abrigadas no então PMDB, deu-se no Recife uma eleição interna, envolvendo todos os diretórios zonais, em torno da escolha do candidato a prefeito.
Após celebrada a Anistia, em 1979, o PCdoB ainda em semi-clandestinidade, João Amazonas insistia da necessidade de “falarmos para milhões“.
A receita ultraliberal, adotada em boa parte do mundo afora e implementada no Brasil pela equipe econômica do presidente Bolsonaro, traz em sua essência duas incompatibilidades: uma, com as necessidades básicas da maioria da população; a outra, verdadeira ojeriza à democracia.
Quando o maior líder popular da história recente do país dá sinais de que pretende cuidar de si mesmo e do seu partido, dando menor importância à aglutinação das forças de oposição; e um ex-ministro, pré-candidato à presidência da República por importante partido do campo democrático manifesta desacordos através de palavras duras e depreciativos, a quizumba está instalada.