Onde Cida Pedrosa é grande e rara é nos poemas em que ela vê a mulher. Para os homens, até mesmo para os criadores e artista, a mulher é individualizada como pessoa que se ama, em um amor desejado ou em um amor pleno carnal e de espírito.
Escrevo estas linhas rápido, antes de sair para um encontro de cultura com artistas e escritores. E se assim falo, quero dizer: o escritor brasileiro está sendo empurrado para uma situação em que lhe dá vergonha falar sobre literatura. Isto é, o escritor deve ter a realização estética, hoje, como uma denúncia, como uma tribuna, porque o barulho dos tiros, das mortes, dos crimes nas ruas do Brasil, não lhe permite qualquer reflexão em paz.
Na mais recente quinta-feira, tive um encontro com o primo Arnaldo Severiano, que continua a ser um leitor voraz na altura dos seus 74 anos. Estávamos sentados em um banco de madeira circular na livraria do Recife Antigo.
Com a decisão do STF, que derruba a condenação em segunda instância, aparece para o grande público a ilegalidade que alcançou a condenação do presidente Lula. Já antes, pude notar aberrações no julgamento de Moro para o famoso caso do tríplex.
Ouvimos esta semana de um deputado: "Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5”.
Nesse domingo (27), haverá festa coletiva na Europa, Estados Unidos e toda América Latina. A razão não é pequena: festejar o aniversário e reivindicar uma vida em liberdade para Lula, que amarga odioso cárcere de perseguição contra o povo do Brasil.
Nesta sexta-feira (11), tentarei falar na Bienal do Livro de Pernambuco sobre o tema “Literatura e Memória – A ditadura no Recife”. A partir das 13 horas, no auditório Círculo das Ideias.
A notícia que não atingiu as manchetes da primeira página na mídia do Brasil, pude ler aqui
Nas notícias de mortes sob tiros no Brasil, é sempre comum a frase “morreu vítima de bala perdida”. A expressão quer sempre dizer que um ser, uma criança, uma pessoa é morta por disparo de arma de fogo que ninguém sabe a quem pertence nem de onde veio. Morrer de bala perdida se tornou tão natural, que virou causa mortis.