A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Venicio A. de Lima

Professor Emérito da UnB e Pesquisador Sênior do CERBRAS-UFMG e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010
Há limite para a pauta negativa?

No dia em que fiz o “depósito” da minha tese, exultante por ter conseguido chegar ao final de uma jornada de mais de três anos, caminhei orgulhoso até a Biblioteca Central da Universidade de Illinois, onde era bolsista na seção de América Latina, para contar a boa nova e mostrar o trabalho aos colegas.

Você acredita no que lê nos jornais?

Credibilidade, no dicionário Aurélio, é a “qualidade do que é crível”, isto é, “que se pode crer, acreditável”. É uma construção, tanto para pessoas como para instituições e, claro, tem a ver com comaniopmpromisso reiterado com a verdade e coerência, no longo prazo.

Lembrar para não esquecer

Aluno do terceiro ano do ensino médio, morava em “república” de estudantes em Belo Horizonte, no início de 1964. Éramos todos apoiadores das “reformas de base” e ativos na política estudantil secundarista e/ou universitária, opção rotineira naquele início conturbado dos anos 1960, marcado por intenso debate público sobre os destinos do país e da América Latina.

Três documentos, uma diretriz

Três documentos de origem e natureza diversas – uma lei, o resultado de uma ampla investigação presidida por um Juiz e um relatório produzido por grupo de especialistas de alto nível, estão reunidos neste livro. Todos, no entanto, além de serem atuais, têm em comum uma única preocupação: assegurar as condições mínimas para o exercício do direito à comunicação por parte das cidadãs e dos cidadãos de seus respectivos países.

Contra evidências, Secom-PR não muda

Contra as evidências, a Secom-PR pratica uma política de mídia que faz o caminho inverso de outros países democráticos como, por exemplo, a recomendada pela UE.

Stuart Hall e os estudos de mídia

Seu enorme legado intelectual deve ser celebrado embora, nos estudos de comunicação e mídia, não tenha exercido a influência que deve e merece no Brasil.

Apologia ao crime versus liberdade de comunicação

Diante da apologia feita pela âncora do telejornal SBT Brasil de “justiceiros” vingadores que espancaram, despiram e acorrentaram pelo pescoço um suspeito adolescente, de 15 anos, a um poste no Flamengo, no Rio de Janeiro (ver aqui), permito-me relembrar artigo que publiquei no Observatório da Imprensa em dezembro de 2008, “A liberdade de comunicação não é absoluta”.

A alteridade cínica da grande mídia

A Rede Globo de Televisão recomendou a seus jornalistas, inclusive os que trabalham em suas 122 (cento e vinte e duas) emissoras afiliadas, “que a Copa e a seleção brasileira são uma paixão nacional, mas que irregularidades deverão ser denunciadas e ‘pautas positivas’ deverão ser evitadas, a não ser que ‘surjam naturalmente’.

O guerreiro que se foi muito cedo

No dia 5 de fevereiro de 2014 Henrique de Souza Filho, o Henfil, faria 70 anos. Tenho pensado o quanto ele faz falta. Talvez com sua irreverência pudesse nos ajudar a enfrentar tempos tão sem graça, intolerantes e radicalizados. Fica o registro e o breve depoimento de um amigo sempre saudoso.

O ‘vale de lágrimas’ é aqui

Assim como outros milhares da minha geração, nascidos em famílias católicas, ainda criança aprendi a popular oração “Salve Rainha” que inclui a súplica: “A vós bradamos, os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas” [Ad te clamamus, exsules filii Hevae, ad te suspiramus, gementes et flentes in hac lacrimarum valle].

China vs. Brasil: alguma diferença?

Bernardo Kucinski e eu já argumentamos que apesar das eventuais divergências, no Brasil, a grande mídia trabalha como se existisse um único editor.

A linguagem seletiva do ‘mensalão’

Quando pouco ainda se falava sobre “história conceitual”, isto é, sobre a semântica histórica de conceitos e palavras, foi publicado o indispensável Palavras-Chave (um vocabulário de cultura e sociedade) [1ª edição 1976; tradução brasileira Boitempo, 2007], do ex-professor de Cambridge, Raymond Williams (1921-1988).

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