No olhar de Ana Prestes desta terça-feira (14) há um forte componente político da pandemia da Covid-19 com destaque para a convergência do Partido Democrata dos EUA torno do candidato Joe Biden, mas também há repercussões políticas na Hungria, na Bolívia e na Coreia do Sul. Chamam atenção as condições diferenciadas em que a Nova Zelândia e países africanos estão enfrentando a crise sanitária.
Entre os pleitos mais relevantes estão as disputas pela presidência da Bolívia e da República Dominicana
O governo da autoproclamada presidenta Jeanine Áñez “entrou de forma errada e tardia no combate à pandemia”, denunciou Luis Arce Catacora, candidato à Presidência da Bolívia pelo partido Movimento Ao Socialismo – Instrumento Político para a Soberania dos Povos (MAS-IPSP), em entrevista exclusiva.
O ex-ministro de Obras Públicas e ex-vice-ministro de Eletricidade da Bolívia, Jerges Mercado, defende o papel do Estado para o desenvolvimento nacional e reitera a importância do processo de estatização implementado pelo governo de Evo Morales (2006-2019) para a “vertebração da economia”.
“A integração como povos irmãos em uma Pátria Grande é nossa única garantia de enfrentar o império e os cartéis que procuram nos dominar para continuar explorando nossos recursos naturais”
O jornalista Rene Huarachi, da Rádio e Televisão Bartolina Sisa, foi perseguido, preso e torturado pela polícia boliviana após documentar na quinta-feira (5) as crianças do Colégio 25 de Julho, de Senkata, em El Alto, recebendo nuvens de bombas de gás lacrimogêneo próximas aos protestos contra a presença da autoproclamada presidenta Jeanine Áñez. Com cerca de mil estudantes, a escola necessitou ser evacuada pelos professores, em meio ao choro e ao medo dos pequenos.
Duas sessões de honra que comemoravam os 35 anos de fundação de El Alto, “a mais jovem cidade boliviana”, onde ocorreu no ano passado o massacre de Senkata, foram encerradas na quinta-feira (5) com moradores, familiares e vítimas entoando “Áñez assassina” e jogando ovos, tomates, lixo e pedras na autointitulada presidenta e seus partidários.
Ex-vice-presidente do país, Álvaro García Linera, afirma que o Governo interino de Jeanine Áñez está “disposto a tudo” para não perder as eleições de maio
Posse do novo presidente do Uruguai ocorre neste domingo (1)
Presidenciável do MAS, Arce foi ministro da Economia durante a maior parte do governo Evo
Aprender com os próprios erros e não perder de vista o verdadeiro inimigo são os desafios da esquerda para pavimentar o caminho de renovação do ciclo progressiva na América Latina, acredita o ex-vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera.
Álvaro García Linera não titubeia ao afirmar que a Unasul e a Celac são mecanismos de integração fundamentais para o desenvolvimento soberano da região. Segundo ele, estes organismos são o que tornaram possível o diálogo e a resolução de nossos próprios conflitos sem a interferência externa de outros países, principalmente os Estados Unidos.