Ícones do ativismo global apontam o capitalismo predatório e o racismo estrutural como agravadores da pandemia, mas veem oportunidade para reinventar as sociedades
Quando Marx escreveu que “há algo podre na essência de um sistema que aumenta a riqueza sem diminuir a miséria”, não poderia ter imaginado o engenho com que esse sistema conseguiria esconder tanta miséria sob a casca da riqueza. Mas a pandemia veio revelar como é frágil a casca e podre o seu interior. Por António Santos
Na vida e na política – a distinção é meramente didática uma vez que a política é parte da vida em sociedade, independente da vontade e da opinião de quem quer que seja – a gente vivencia mudanças impostas pelo movimento real, pela dialética, que proporciona movimento e transformação, resultantes das contradições entre forças opostas unidas no mesmo fenômeno.
A biopolítica neoliberal coloca o homo economicus como um indivíduo real, um fim em si próprio. O Covid-19 mostra que ele é uma mera abstração.
A humanidade já enfrentou pandemias devastadoras, mas saiu para frente e avançou.
Não sei o que é existir mulher sem feminismo porque me tornei mulher através dele.
A queda de Guedes parece questão de tempo. Sua reunião com os movimentos que estão convocando o ato do dia 15 foi um recibão. O ministro afirmou que “temos apenas 15 semanas para mudar o país”. Declaração de quem sabe que sua ampulheta virou.
Na goleada do Bayern de Munique goleou o Hoffenheim por 6 a 0 fora de casa houve um importante protesto. Na fase final da partida, o jogo foi parado por causa de um protesto de torcedores contra Dietmar Hopp, investidor do Hoffenheim – que incluiu cânticos e até uma faixa de protesto.
Uma mistura tóxica de sofrimento econômico, racismo e declínio da vida comunitária preparou o terreno para o populismo autoritário nas áreas rurais devastadas dos EUA. O trumpismo não será derrotado, a menos que a esquerda possa promover uma agenda progressista para reconstruir o meio rural
Temas sociais e trabalhistas estão nas telas e suscitam reflexões sobre a crise econômica global e o mundo do trabalho.
Em artigo no jornal Folha de S. Paulo, Fábio Palácio, doutor em ciências da comunicação pela USP, jornalista e professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão, avalia o filme “Parasita’” como espelho das tensões do capitalismo tardio da Coreia do Sul.
O debate estabelecido sobre os concorrentes ao Prêmio da Academia do cinema nos Estados Unidos tem fundo ideológico e histórico.