Antônio Gramsci compreendia que a organização partidária era antes de tudo uma questão política, como afirma desde o início do escrito abaixo. Para ele, o conceito não era uma forma de escapismo do duro labor organizativo, mas o ponto de partida para forjar uma identidade de partido independente da classe operária.
Como dirigente teórico e prático do movimento operário e comunista italiano, Antonio Gramsci tinha a perfeita noção do papel do partido, dotado de ideologia, linha política, ampla rede de militância, ligações profundas com as massas e uma organização de quadros capazes de centralizar, disciplinar e dirigir a luta pelo socialismo. Confira no texto que o Vermelho publica abaixo.
O Vermelho publica, abaixo, uma cronologia com os fatos mais importantes da vida do cientista político e comunista Antonio Granmsci. Neste sábado (22), completa-se 120 anos de seu nascimento.
Hoje, fala-se e escreve-se muito sobre Antonio Gramsci. Muito. É indubitavelmente algo positivo. Na segunda metade do século 20, Gramsci foi o político italiano de quem mais se falou e escreveu.
Por Maurizio Nocera*, em L´Educazione Gramsciana
Tradução: José Reinaldo Carvalho
A Alemanha é a pátria de Marx e Engels, autores do célebre Manifesto do Partido Comunista. Há poucos dias, Gesine Lötzsch – a co-presidente do partido Die Linke (A esquerda) que conta com 76 deputados no parlamento alemão -, afirmou que: “Os caminhos para o comunismo só podem ser encontrados caso os trilhemos, provando-os tanto na oposição, quanto no governo.”