A estarrecedora sessão de 17 de abril da Câmara dos Deputados trouxe à tona um Brasil desconhecido por muitos. No entanto, agora, nenhum brasileiro pode ignorar a baixa qualidade da atual legislatura, apontada pelo Departamento Intersindical de Apoio Parlamentar como a mais conservadora desde a constituição de 1988.
Em entrevista realizada pela jornalista estadunidense Christiane Amanpour, da CNN, e que será exibida nesta quinta-feira (28) pela emissora de televisão a cabo a partir das 22 horas, horário de Brasília, em seu canal internacional em inglês, a presidenta do Brasil Dilma Rousseff fala sobre o processo de golpe de Estado em curso no Brasil e sobre sua luta em manter os princípios da democracia vigentes no país.
A inclusão de milhares de jovens das classes menos favorecidas do Brasil ao ensino superior é a razão apontada por professores e estudantes universitários da Paraíba, que divulgaram nesta terça-feira (26) vídeo caseiro contra o impeachment. As declarações afirmam que há um golpe no Brasil e que “os filhos de trabalhadores que nunca tiveram a oportunidade de ingressar no ensino superior” chegaram às universidades a partir das políticas públicas dos governos Lula e Dilma.
Assinadas em 1943 por Getúlio Vargas, então presidente da república, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é considerada a principal conquista trabalhista da história do Brasil. Entre outros avanços, esse marco representou para os trabalhadores ganhos como a criação do salário mínimo, redução da jornada diária para oito horas diárias e o surgimento da Carteira de Trabalho, reconhecendo por lei o vínculo trabalhista.
Por Luiz Carlos Motta*
“A CTB não reconhecerá nenhum governo golpista”, reafirmou Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), durante coletiva à imprensa organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, nesta quarta-feira (27).
A terça-feira, 10 de maio, será o dia nacional de Paralisação e Mobilização contra o golpe. A data foi decidida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Intersindical e faz parte do calendários de atividades de pressão sobre os senadores que vão votar a admissibilidade do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A organização para o ato deve começar imediatamente com a coordenação da Frente Brasil Popular nos Estados.
“Desindexar é efeito cascata na economia principalmente em cidades do interior do Brasil”, disse Pascoal Carneiro, dirigente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), sobre o projeto Ponte para o Futuro ou Plano Temer que propõe desvincular benefícios – incluindo os da Previdência – dos reajustes concedidos ao salário mínimo. O programa deverá ser implementado pelo PMDB em caso de impeachement da presidenta Dilma Roussef.
Por Railídia Carvalho
O pedido de abertura de processo de impeachment que tramita no Senado contra a presidenta Dilma Rousseff é considerado um golpe contra a democracia por representantes das trabalhadoras domésticas, cuja data nacional é 27 de abril. As sindicalistas ouvidas pelo Portal Vermelho afirmam que os governos Lula e Dilma olharam com sensibilidade para a categoria e que um possível governo Temer vai representar um retrocesso para as conquistas inéditas da categoria.
Por Railídia Carvalho
O jornal francês Le Monde publica artigo de Laurent Vidal, professor da Universidade de La Rochelle, dizendo que "destituir Dilma Rousseff não resolverá nada".
Dando continuidade à Jornada Nacional pela Reforma Agrária e em Defesa da Democracia, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza marchas em diversos estados para lembrar a impunidade por 20 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás e para dar um recado claro à elite golpista: “Já está tendo luta!”. O Movimento está acampado em Salvador e realizou também ocupações de terra, na região Sul.
Na próxima quinta-feira (28), às 19h, a Unicamp irá receber a Caravana da Democracia organizada pela União de Estadual de Estudantes (UEE) e da União Paulista de Estudantes Secundaristas (UPES), com apoio da Fundação Maurício Grabois (nacional e seção paulista) e Fórum 21. "O objetivo é aprofundar a democracia em defesa dos nossos sonhos promovendo debate com intelectuais e atividades culturais", diz o texto de apresentação da atividade.
A Frente Brasil Popular reafirmou em reunião realizada nesta segunda-feira (25), na sede do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo, que não aceitará o golpe tramado por forças antidemocráticas, antipopulares e antinacionais e conclamou os movimentos civis organizados a se incorporarem aos atos do 1º de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. Na pauta, a defesa da democracia, contra o golpe e pela preservação dos direitos sociais e trabalhistas conquistados nas últimas décadas.