O jornal italiano Il Manifesto foi às bancas na sexta-feira (13) com uma capa relativa ao golpe parlamentar de Estadocometido na última quarta-feira (11) pelo Congresso, com o afastamento da presidenta Dilma Rousseff por "crime de responsabilidade' que ela não cometeu.
O Partido Comunista Português (PCP) divulgou nesta quinta-feira (12) uma nota em seu site sobre os desdobramentos do golpe em curso no Brasil. "O processo golpista conheceu nas últimas horas um novo e perigoso desenvolvimento", diz o partido, que também condena "as tentativas de setores reacionários e do imperialismo" para "derrubar a legítima Presidente do Brasil e reverter a evolução num sentido favorável aos trabalhadores e às camadas mais frágeis da sociedade brasileira".
A atriz Letícia Sabatella, ativista na defesa da democracia, desde que assumiu este posicionamento nas redes sociais vêm sofrendo inúmeros ataques e agressões de internautas, não só em sua página no Facebook, mas agora pela própria imprensa conservadora que manipula suas palavras para dar incitar à intolerância e o ódio.
Assumindo uma posição semelhante à dos Estados Unidos, o governo russo declarou nesta quinta-feira (12) que o golpe de Estado aplicado no país é uma "assunto interno do Brasil". Segundo a porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakhárova, "Moscou acompanha a situação". A diferença em relação aos Estados Unidos é que o país europeu não apoia veladamente o golpe em curso, visto que a alteração do poder no Brasil afetará fortemente as relações econômicas e políticas com a Rússia.
Ocupar tudo contra o golpe, essa foi a frase que ficou entre as principais tags no twitter e essa foi a ação do povo trabalhador nas rodovias do país na luta pela democracia. Ações que aconteceram ao longo do dia 10 de maio, véspera da votação do processo de impeachment da presidenta Dilma no Senado.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MSTS), Guilherme Boulos, afirmou que a partir desta quinta-feira (12), o Brasil começa a experimentar uma ”política de terra arrasada” e de regressão nos direitos sociais sem precedentes na história recente. Na quarta-feira (11) o Senado aprovou a admissibilidade do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, que será afastada por 180 dias.
Por Railídia Carvalho
Buenos Aires, Berlim, Dublin e Lisboa registraram atos nesta quarta-feira (11) em protesto contra o afastamento da presidenta Dilma Rousseff da presidência do Brasil.
O papa Francisco desejou que o Brasil "siga pelo caminho da harmonia e da paz" para superar seus ‘momentos de dificuldade”, durante audiência geral realizada na Praça de São Pedro no Vaticano nesta quarta-feira (11).
Demonstrando que os Estados Unidos se posicionaram "em cima do muro" em relação ao golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, reafirmou nesta quarta-feira (11) a posição do governo do país, em entrevista diária que concede na sede do governo daquele país.
Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o processo de impeachment em curso no Senado "serve a uma farsa histórica". "Nenhum outro presidente será medido pela mesma régua que a presidenta Dilma está sendo medida", disse. Ela criticou ainda a falta de um projeto de nação da oposição, que escolheu o impeachment como atalho para se chegar mais rápido ao poder. Para Gleisi, "o sistema político é patriarcal e intolerante e quer arrancar do poder a primeira mulher eleita para presidir o nosso país".
De acordo com o jornalista Glenn Greenwald, a democracia brasileira sofre nesta quarta-feira (11) um duro golpe, que instalará no poder um projeto neoliberal ilegítimo e corrupto.
Teve lugar nesta terça-feira (10) em Montevidéu, capital do Uruguai, uma marcha de solidariedade à democracia no Brasil. Convocada pela central de trabalhadores PIT-CNT e pela Frente Ampla, teve como lema "Brasil em mim. A defesa da democracia é tarefa de todos!".