“O «Tigre Celta», que durante anos foi propagandeado como «caso de sucesso» da integração europeia, acabou devorado pela União Europeia e o FMI. (…) Se alguma virtude tem esta mais recente tempestade europeia, é a de mandar às malvas boa parte das patranhas que nos têm sido vendidas (com argumentos de direita ou «de esquerda») sobre o capitalismo europeu e a União Europeia. Cada dia se torna mais claro que a UE não é mais que um centro de comando do grande capital.”
A incerteza persiste sobre a economia europeia, devido à crise da dívida no velho continente, reconheceu o Banco Central Europeu, em comunicado emitido na última quinta-feira (9)
A peça Santa Joana Matadouros, que esta semana faz suas últimas apresentações da temporada em São Paulo, tem como temas a crise econômica, a perda de empregos, a miséria e incertezas quanto ao futuro. Mesmo com quase 80 anos desde que foi escrita, a obra do dramaturgo alemão Bertold Brecht (1989-56) parece até recente ao levar para os palcos assuntos tão atuais.
A taxa de desemprego e a pobreza avançam nos EUA enquanto os lucros do grande capital batem recordes. A situação assume contornos criminosos quando Democratas e Republicanos aliviam a carga fiscal sobre a grande burguesia e a transferem para os trabalhadores, a quem cortaram ainda o subsídio de desemprego e outros benefícios.
A evolução da economia mundial não pode ser abordada sem considerar pelo menos três dos seus pilares fundamentais: a disponibilidade de terra fértil para a produção de alimentos e outras matérias-primas biológicas, de reservas geológicas para a extração de matérias-primas minerais, e de energia para acionar as indústrias, os transportes e comunicações e outros serviços.
Por Rui Namorado Rosa, em odiario.info
Nestes dias, aconteceram na Europa dois fatos de grande repercussão mundial: o estrondoso colapso econômico da Irlanda (que sucede o da Grécia, enquanto Portugal e Espanha estão às portas de outro) e a Cúpula da belicosa Aliança do Atlântico Norte, em Lisboa.
Por Niko Schvarz
A União Europeia aprovou neste domingo (28) um pacote para a Irlanda no valor de 85 bilhões de euros (cerca de R$ 196 bilhões), além de estender o fundo para resgatar países endividados do bloco após 2013.
Estamos precisando de um novo Jonathan Swift. A maioria das pessoas conhece Swift como o autor de As viagens de Gulliver. Mas os acontecimentos recentes me fizeram pensar em seu ensaio de 1729, “Uma proposta modesta”, no qual ele observou a pobreza estarrecedora dos irlandeses e ofereceu uma solução: vender as crianças como alimento.
Por Paul Krugman
A 1a Conferência do Desenvolvimento, que termina nesta sexta-feira (26), em Brasília, prestou uma homenagem aos 80 anos da professora e economista Maria da Conceição Tavares. Em retribuição, a professora fez uma palestra sobre Macroeconomia para o Desenvolvimento para um público que a aplaudiu de pé ao final de sua fala. Pontuada por palavras no superlativo, a economista defendeu para o governo Dilma Rousseff uma preocupação especial com a política externa econômica.
Uma onda de descontentamento social toma conta de vários países europeus, ocasionada pelo anúncio de planos de austeridade por parte de governos que descartam outra saída para sanar o déficit orçamentário.
O governo da Irlanda enfrentará a primeira reação real às medidas de austeridade anunciadas quando os eleitores do condado de Donegal, no noroeste do país, forem às urnas nesta quinta-feira (25).
A luta dos trabalhadores em Portugal, com projeção para todo o continente europeu, teve na última quarta-feira (24) um momento elevado. Mais de três milhões de trabalhadores realizaram a maior greve geral do país, num clamoroso protesto contra as medidas antipopulares, inspiradas pelo mais tacanho conservadorismo, a mais reacionária visão econômica e pelo neoliberalismo, aplicadas por um governo, na prática, de direita liderado por um partido que se diz “socialista”.