De acordo com a sabedoria convencional transmitida diariamente na imprensa econômica, os países em desenvolvimento deveriam se desdobrar para agradar as corporações multinacionais, seguir a política macroeconômica neoliberal e fazer o máximo para atingir um grau de investimento elevado e, assim, atrair capital estrangeiro. Adivinhem qual país das Américas deve atingir o crescimento econômico mais rápido nesse ano? A Bolívia.
Por Mark Weisbrot, no Guardian*
Os vários artigos reunidos no livro "A crise financeira mundial – impactos sociais e no mundo do trabalho" tem em comum a avaliação de que a crise ainda não acabou, que é cedo para calcular a extensão dos estragos provocados e que o momento permite e exige mudanças. O livro, lançado nesta quarta-feira (21), na Câmara dos Deputados, deve servir para que “nos municiemos das armas necessárias para nos livrarmos das consequências mais nefastas da crise econômica”, diz o seu texto de apresentação.
A recuperação da economia se transformou em argumento de pressão para conseguir reajustes de salários com ganhos reais (acima da inflação) neste semestre. Há uma mudança mais do que justa e ousada nas negociações, em favor dos trabalhadores.
Hoje, fui tomar café-da-manhã na padaria (um hábito, um tanto dispendioso, entre muitos paulistanos). Sobre a mesa, outro cliente havia esquecido o Estadão. O jornal estava aberto bem na página da coluna da Dora Kramer. Vocês já leram essa colunista? Raramente leio. Hoje, estava impagável.
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador
Em ano de produção e comercialização recorde de veículos automotores, a campanha salarial dos metalúrgicos trouxe uma inversão de papéis. Acostumado a ditar as regras, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, fechou acordo com as montadoras que previa aumento real de 2% e abono de R$ 1.500,00. Diante de conquistas maiores de sindicatos em outras regiões de São Paulo, filiados a diferentes centrais, o sindicato do ABC correu atrás e renegociou o abono para R$ 2.800.
Oitenta anos após a mais grave depressão econômica do século 20, o mundo capitalista convive com uma grave crise de dimensões financeiras, produtivas, sociais e políticas comparáveis à de 1929. A sua superação pressupõe, contudo, a construção de outro padrão de financiamento de longo prazo, de um novo modelo de produção e consumo sustentável ambientalmente e de inédita governança pública global do mundo.
Por Marcio Pochmann, na Folha de S.Paulo*
O mundo foi dominado pelo império mais pela economia e a mentira do que pela força. Obteve o privilégio de imprimir as divisas convertíveis ao finalizar a Segunda Guerra Mundial, monopolizava a arma nuclear, dispunha de quase todo o ouro do mundo e era o único produtor em grande escala de equipamentos produtivos, bens de consumo, alimentos e serviços a nível mundial.
Por Fidel Castro, no Granma
O vídeo Os bancos abusam e matam faz parte da Campanha Nacional dos Bancários 2009 e, em apenas 47 segundos, esclarece os motivos da greve da categoria, bem como o que a população pode ganhar se o movimento for vitorioso. “Menos filas, mais crédito” são algumas das bandeiras apontadas no material do Sindicato dos Bancários de Pernambuco (SEEC-PE), com roteiro e direção de Sulamita Esteliam, produção, imagem e edição da Ateliê-PE.
Circula na rede um texto de Naomi Klein que analisa como os norte-americanos e o mundo ocidental fazem o rescaldo pós-crise da financeirização da economia global. Algo que coloca em cheque – e de uma vez por todas – o que a autora já definiu como “capitalismo de desastre” e a própria hegemonia neoliberal, de há muito sem sustentação popular e sem legitimidade, a não ser pela mídia impressa e eletrônica dos patrões, ou Síndrome de CNN. Márcia Denser, do Congresso em Foco, convida a ler o que diz a "garota" Naomi.
Apresentada durante anos (e, no Brasil, ainda hoje) como modelo de sucesso econômico, a Finlândia é um dos países europeus mais afetados pela crise. Os dados preliminares do Instituto de Estatísticas indicam uma queda recorde do PIB (Produto Interno Bruto), de 9,4%, no segundo trimestre deste ano, em comparação como o mesmo período de 2008. No trimestre anterior, o recuo fora de 3%.
A divulgação do crescimento de 1,9% do PIB no segundo trimestre de 2009, com projeção de vigorosos 7,8% em base anualizada, mostrou que o Brasil superou, em tempo recorde, os efeitos nocivos da crise financeira iniciada no mercado bancário norte-americano. O comportamento dos bancos públicos brasileiros é parte dessa história bem-sucedida e precisa ser compreendido corretamente.
Por Aldemir Bendine, na Folha de S.Paulo*
Um espectro ronda o capitalismo: a proposta de um imposto mundial sobre todas as transações financeiras, conhecido como Taxa Tobin, já não é uma ideia maluca dos alteromundistas. Foi discutida no G20 em Pittsburgh nesta sexta-feira. A cúpula das maiores economias desenvolvidas e emergentes encomendou ao FMI um estudo da proposta, para examinar em sua próxima reunião, em junho de 2010, no Canadá.
Por Bernardo Joffily