Álvaro Cunhal recebeu expressiva homenagem neste domingo (10), na comemoração do seu centenário, em Lisboa, Portugal. Dirigente do Partido Comunista Português (PCP), com importantes papéis políticos durante e após a Revolução dos Cravos (25 de abril de 1974), Cunhal foi também um brilhante intelectual e artista. Cerca de 10 mil pessoas participaram na comemoração, e o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, fez uma avaliação da trajetória de luta do líder comunista e do povo português.
Em previsões apresentadas nesta terça-feira (5), a Comissão Europeia projeta valores do défice público de Portugal, acordados durante a última avaliação da troika de credores internacionais (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) ao programa de arrocho: 4% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano e 2,5% em 2015. Enquanto isso, o projeto recém-anunciado de Orçamento do Estado para 2014 é rechaçado pelos portugueses, pois “empobrece ainda mais população”.
O medo de sucumbir sem qualquer ajuda sempre levou os seres humanos a transformarem os seus mitos e crenças no sobrenatural em possíveis socorros. É o desespero a que a solidão conduz como última esperança.
Por Zillah Branco*, para o Vermelho
O ministro das Finanças do governo alemão, Wolfgang Schäuble, escreveu um artigo no El País significativamente intitulado "Nós não queremos uma Europa alemã", no qual enfatizou que a última coisa que a Alemanha quer é que a Europa seja uma réplica de seu país, negando qualquer tentativa de alemanizar a Europa.
Por Vicenç Navarro*, na Carta Maior
O jornal espanhol El País noticiou as declarações e análises feitas pelo Banco da Espanha, nesta quarta-feira (23), sobre um “fim da recessão mais comprida da democracia” no país, ou seja, desde a queda do regime autocrático de Francisco Franco, em 1975. Apesar do tom positivo, o país ainda testemunha níveis históricos de desemprego e empobrecimento, e lida com a adoção de medidas de austeridade impostas desde fora, com efeitos dramáticos para o povo.
Um relatório político enviado para Bruxelas (sede da União Europeia, na Bélgica) pela representação da Comissão Europeia em Lisboa, capital portuguesa, alerta que a reprovação de medidas orçamentais pelo Tribunal Constitucional pode fazer descumprir o memorando de entendimento e precipitar um segundo resgate financeiro ao país.
Em meio a severas medidas de austeridade implementadas pelo governo da Espanha, a corrupções de políticos e fraudes fiscais, o aumento da pobreza no país europeu soma-se ao panorama negativo e contraria os prognósticos favoráveis de recuperação a curto prazo. Nesta quinta-feira (17), pelo Dia Mundial de Erradicação da Pobreza, as ruas de 40 cidades ibéricas acolherão uma multidão indignada.
Em Portugal, o plano de Orçamento do Estado para 2014, apesentado nesta terça-feira (15), já não contará com um imposto aplicado sobre os rendimentos superiores a 80.000 euros, e prevê um "alívio fiscal" a esses rendimentos. O deputado do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Sá, condenou o projeto e denunciou a aceleração do empobrecimento dos portugueses, em oposição à proteção dos grandes grupos econômicos.
Em 2010, o investimento chinês na União Europeia (UE) ultrapassou o investimento europeu na China, uma tendência que tem se repetido nos últimos três anos devido à crise econômica global e à crise da dívida europeia. Os dados foram divulgados durante um fórum sobre a parceria e cooperação sino-europeia, realizada nesta quinta-feira (10), em Xangai.
“Pedimos mais uma vez aos dirigentes das instituições europeias que digam a verdade aos europeus, que reconheçam que o problema não é da Grécia, é um problema europeu e a solução não é a austeridade”, declarou Alexis Tsipras, chefe da oposição grega e presidente do partido de esquerda Syriza, durante uma conferência realizada nas instalações do Parlamento Europeu, em Bruxelas, a convite do grupo da Esquerda Unitária (GUE/NGL).
O governo de Portugal anunciou nesta quinta-feira (3) que a "troika" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) vai liberar mais 5,5 bilhões de euros como parte do programa financeiro para o país. O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho disse sexta (4) que as medidas de austeridade impostas com os pacotes "terão que se manter durante muito tempo” se o país se quiser manter na zona do euro, como condição da troika.
Há preocupação no Leste, na Hungria, na Bulgária. Mas o sonho europeu fraqueja também no Mediterrâneo. Os políticos não sabem falar com os eleitores e a corrupção mina a confiança de todos. A democracia na União Europeia está a andando para trás? Um estudo sobre sete países europeus mostra que sim, e foi divulgado nesta quinta-feira (26), pelo observatório britânico Demos, intitulado A Democracia já não é um dado adquirido ("Democracy can no longer be taken for granted").