Dos cerca de 170 milhões de trabalhadores disponíveis no mercado, menos de 50% estavam ocupadas antes da pandemia. Quase 29 milhões não conseguiram procurar emprego ou não acharam trabalho
No pós-pandemia, o conservadorismo econômico concentrará todos os esforços no resgate de uma suposta normalidade, apoiado no argumento de que a dívida pública cresceu e com uma retórica de que é necessário pagar a conta da crise. De outro lado, será preciso apontar para a hipocrisia e a demagogia desse discurso
Segundo o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, consultor do Dieese, situação ainda tende a piorar. Segundo ele, a taxa de desemprego pode atingir de 25% a 30% nos próximos meses.
Grupo dos ricos se reúne para analisar como países e regiões estão enfrentando os efeitos da Covid-19. Brasil participa como convidado dos Estados Unidos.
A pandemia do coronavírus, além de uma mortandade jamais vista, provocou uma parada brusca e simultânea na economia mundial, o que resultou em um choque na oferta e procura de bens e serviços, interrompendo importantes fluxos nas cadeias produtivas e entre as nações. Um estrago letal na atividade econômica, queda nos PIBs e desemprego em massa.
Segundo dados do IBGE, a atividade econômica recuou 1,5% e 900 mil pessoas se somaram ao contingente de desempregados nos três primeiros meses de 2020.
Brasil ingressou na pandemia com o mundo do trabalho profundamente debilitado, cenário refletido na destruição de empregos do setor produtivo e industrial, três vezes maior que a dos EUA
Com os novos dados, o Chile se aproxima das mil mortes durante a pandemia (já foram contabilizadas 944). Pouco mais de 90 mil chilenos já testaram positivo para a enfermidade.
Em três meses, país registrou 900 mil desempregados a mais, somando 12,8 milhões. Número de empregados com carteira assinada é o menor já registrado.
Alteração na lei do auxílio emergencial exige que beneficiário devolva o valor caso termine 2020 com renda acima de R$ 28.559,70 no ano.
É preciso aproveitar as contradições das políticas de rigidez fiscal, que vieram à tona com a pandemia, para superar a oposição ao Estado social.
A Suécia prova que a crise econômica não é culpa do isolamento social, mas da pandemia. Lá não se impôs bloqueio total à vida pública ou às empresas, apesar do avanço da doença. Dados do banco central do país e dos principais think tanks suecos mostram que a economia é tão afetada ou mais que os vizinhos europeus.