“Sempre quisemos falar com ele. Esperávamos que nos convocasse como máximo expoente de nossa igreja na Argentina, mas nunca nos chamou”, declarou a titular das Avós da Praça de Maio, Estela Carlotto, durante o ato multitudinário na Praça da Paz para lembrar os 37 anos do golpe militar na Argentina.
No domingo (24) celebrou-se mais um Dia Internacional do Direito à Verdade. Na Argentina, o dia marcou mais um aniversário – o de número 37 – do golpe de Estado que na quarta-feira, 24 de março de 1976, derrubou o governo de Maria Estela Martínez de Perón, figura macabra, e instaurou um tempo de breu e horror que duraria até 1983.
Por Eric Nepomuceno, na Carta Maior
O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón afirmou que o papa Francisco “poderia perfeitamente abrir os arquivos do Vaticano para revelar as comunicações e todas as informações que na época da ditadura militar enviados para Argentina”. E acrescentou que “é conhecido que durante a ditadura as vítimas recorreram à Igreja, assim como as Mães a Avós da Praça de Maio enviaram cartas ao papa João Paulo II”.
Sete militares e policiais foram condenados à prisão perpétua nesta sexta-feira (22) em um julgamento por crimes contra a humanidade realizados durante a ditadura argentina (1976-1983) na província de Mendoza (oeste), como informou a Suprema Corte.
Com o objetivo de ampliar as discussões em torno da luta pela verdade, a Comissão da Verdade de São Paulo realizará, de 1º a 5 de abril, no Museu da Imagem e do Som de Campinas, exibições de filmes, debates e a primeira sessão de discussões da Comissão. Dentre as exibições, estará a do filme 1964: golpe contra o Brasil, com a presença do diretor Alípio Freire.
A Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, anunciou na última terça-feira (19) o lançamento de uma nova política pública para ampliar o programa de reparação a familiares e vítimas de tortura no Brasil, durante o período da ditadura militar (1964-1985).
Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho
Extraordinário documentário revela minuciosamente a participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964, que durou até 1985 e instaurou a ditadura no Brasil. Pela primeira vez, documentos do arquivo norte-americano, classificados durante 46 anos como "Top Secret", são expostos ao público. A obra é uma coprodução da TV Brasil com a Pequi Filmes, com direção de Camilo Tavares. Roteiro e entrevistas de Flávio e Camilo Tavares.
Centenas de pessoas se reuniram perto da Suprema Corte de Justiça da Guatemala, em vigília, nesta terça-feira (19), pelo julgamento do ex-ditador José Efraín Ríos Montt, acusado de genocídio.
A Comissão da Verdade de São Paulo recebeu, nesta terça-feira (19), no Auditório Teotônio Vilela da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), às 10h30, a denúncia de um ex-preso político, que afirma ter sido interrogado por um representante diplomático americano junto com vários torturadores da repressão política da Ditadura Militar.
O documentário "O Dia que durou 21 Anos" , que trata da participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964, levou quase cinco anos para ser feito, da ideia inicial até a finalização. O filme estreia no Brasil dia 29 de março, após participar de festivais de cinema no país e no mundo.
A Santa Sé partiu para a ofensiva e, pela primeira vez desde que Jorge Bergoglio foi designado papa pelos cardeais, entrou na polêmica sobre a atitude do argentino durante os anos da ditadura. O afável porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, rebateu as suspeitas que pesam sobre a igreja e o Papa Francisco a propósito de sua atuação branda durante a última ditadura argentina.
Por Eduardo Febbro, da Cidade do Vaticano
Depois de mais de uma hora lendo relatórios em voz alta e debatendo as atrocidades cometidas pela ditadura (1964-85) contra o estudante Alexandre Vannucchi Leme, o grupo liderado pelo presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, se levanta de uma só vez. A plateia imita o gesto. Chegou um dos momentos mais esperados pelos familiares do jovem assassinado pelo regime militar em 1973.