Para Boris Fausto, "a história não é uma fantasia, ela é feita a partir de fatos e processos sociais. Tudo isso é objeto de uma interpretação do historiador. A história não apresenta uma verdade absoluta". Embora fale com conhecimento dos fatos que ocorreram, Boris peca por não citar a Guerrilha do Araguaia, ainda que imagens da Guerrilha ilustrem algumas passagens da aula. Liderada pelo PCdoB, a Guerrilha do Araguaia marcou um dos episódios mais heróicos de resitência à ditadura militar.
Na noite de 30 de abril de 1981, Mauro César Pimentel esqueceu a carteira no Fusca do amigo que o acompanhava no Riocentro. Foi buscar, e, na volta, passou pelo Puma que tinha ficado estacionado na frente do Fusca. Viu então o homem no banco do carona do Puma mexer numa espécie de cilindro que estava em seu colo. No banco de trás do carro, mais dois cilindros iguais ao da frente.
Em 2010, a comunidade da Escola Estadual Joaquim Alvarez Cruz, de Parelheiros – cidade rural a 60 quilômetros da capital de São Paulo –, se mobilizou e conseguiu derrubar a diretora Dulcineide Bastos Venâncio Paz. Segundo estudantes, professores e pais, a diretora proibia os alunos de frequentarem a sala de leitura, entre outros absurdos. O vídeo é apenas mais uma prova da ausência completa de gestão democrática nas escolas governadas pelo PSDB.
Composta no final da década de 70, Tanto Mar, de Chico Buarque, mostra uma espécie de carta escrita por um português no Brasil para outro português em Portugal. A chave da música é saber o que se passava, nos anos 70, em ambos os países: regime ditatorial.
O dia que durou 21 anos foi escrito e dirigido por Camilo Tavares e narrado pelo jornalista Flávio Marques, que também assina o roteiro. O documentário é uma co-produção da TV Brasil com a Pequi Filmes e resgata a história do golpe militar de 1964, desnuda os bastidores e a participação dos Estados Unidos na empreitada.
O Ministério Público Federal arquivou o pedido de abertura de inquérito, de saudosos da ditadura, contra a exibição da novela Amor e Revolução, transmitida pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Para os procuradores, não foram apresentados elementos mínimos para justificar a investigação, pedida por suposto descumprimento da Lei da Anistia.
A Justiça argentina condenou à prisão perpétua, nesta sexta-feira (14), o último presidente da ditadura, Reynaldo Bignone, de 83 anos, e o ex-oficial da polícia, Luis Patti, de 59 anos. Ambos são acusados de sequestros, torturas, assassinatos e de causar o desaparecimento de pessoas durante o regime militar (1976-1983).
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, manifestou nesta semana apoio à determinação da presidente Dilma Rousseff de pôr fim ao sigilo eterno de documentos ultrassecretos e pediu a instalação da Comissão da Verdade.
Entre 1964 e 1985, o Brasil viveu sob um regime de exceção. Durante o período, grande quantidade de documentos foi produzida pelos órgãos oficiais de repressão política. Hoje, essa documentação encontra-se no Arquivo Nacional e em arquivos regionais, que agora são exibidos para o público.
Documentos que serão liberados a partir desta quarta-feira (13) pelo Arquivo Nacional revelam que a Aeronáutica monitorou políticos, partidos e organizações de esquerda mesmo após o fim da ditadura militar, nos governos civis de José Sarney (1985-1990), Fernando Collor (1990-1992) e Itamar Franco (1992-1994).
A “verdade” pode ter muitas faces, servir a muitos interesses, mas os fatos históricos falam por si. Só precisamos relatá-los com honestidade. E assim, o tempo se encarregará de fazer justiça àqueles que deram suas vidas para alterar o rumo de nosso país. Ao governo brasileiro resta dar respostas às famílias dos guerrilheiros sobre como se deram as condições de suas mortes e onde se encontram seus corpos.
por Romualdo Pessoa Campos Filho* em seu blog Carpe Diem – Gramática do Mundo
A novela Amor e Revolução vem rendendo. Desta vez, um portal militar resolveu fazer um abaixo-assinado contra a novela de Tiago Santiago, que aborda o período do regime militar no Brasil (1964-1985). Os donos do site – provavelmente acostumados à censura que perdurou na ditadura – querem que a trama seja proibida de ir ao ar no SBT.