Primeiro de abril de 2014 é uma data excepcional na vida do nosso país, e por isso merece registro. Em 1964, há meio século, acontecia um dos mais duros golpes de nossa história.
No próximo 1º de abril, o Brasil relembra os 50 anos do golpe de Estado que implantou uma violenta ditadura militar no país. Por esta ocasião, a Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), aprovou um documento que analisa o caráter daquele regime, apresenta a história da luta pela democracia, a resistência dos trabalhadores e militantes e o protagonismo do PCdoB à frente dessas lutas.
O 3º Fórum do Pensamento Crítico, que acontece em Salvador desde a última segunda-feira (24/3), encerrou os debates nesta sexta (28), com uma discussão sobre os avanços e limites da democracia no Brasil. O encontro, organizado pela Secretaria Estadual da Cultura, tem debatido Autoritarismo e Democracia, em memória dos 50 anos do golpe militar (1964-2014).
A Câmara dos Deputados lançou duas novas séries de discursos relacionadas a datas históricas que serão lembradas em abril: "50 anos do Golpe de 1964" e "Diretas Já – 30 anos do Movimento". As coletâneas estão disponíveis na página "Escrevendo a História", que reúne discursos memoráveis proferidos no Plenário do Congresso Nacional ou da Câmara dos Deputados a partir de 1946.
Não foram apenas os agentes da ditadura brasileira (1964-85) que atuaram no monitoramento dos trabalhadores metalúrgicos do ABC paulista no período pós-golpe. A repressão recebeu apoio do governo dos Estados Unidos para espionar a região, conforme revelam documentos secretos divulgados nesta semana, após parceria entre as universidades Brown, dos Estados Unidos, e a Estadual de Maringá, do Paraná.
Os 50 anos do golpe militar e a repressão aos trabalhadores do Vale do Paraíba foram lembrados no Ato Sindical Unitário que ocorreu São José dos Campos na última quarta-feira (26).
A democracia no Brasil ainda convive com resquícios do autoritarismo implantando na época da ditadura militar. Essa foi a impressão de grande parte dos expositores da mesa “Como foi realizada a transição do autoritarismo para a democracia na Bahia e quais suas consequências?”, realizada na tarde desta quinta-feira (27/03), durante o III Fórum do Pensamento Crítico, no Teatro Castro Alves, em Salvador.
Teve início nesta quarta-feira (26), a mostra de filmes latino-americanos intitulada “Silêncios históricos e pessoais. Memória e subjetividade no documentário latino-americano contemporâneo” que acontece até 6 de abril, no centro da capital paulista. São 17 obras provenientes de Argentina, Brasil, Chile, México, Paraguai e Uruguai que abordam a riqueza poética, estética e política daquilo que alguns teóricos denominaram “documentário performativo”
O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e o Grêmio dos Aposentados da categoria realizarão, no dia 1º de Abril, às 9h, na sede do Sindimetal, um debate com o tema “os metalúrgicos e o golpe militar”.
Condenados, um comovente filme argentino do cineasta Carlos Martínez, retrata o tormento que viveram milhares de presos políticos no cárcere de La Plata, onde muitos encontraram a morte durante a última ditadura cívico-militar argentina (1976-1983).
A resistência e o combate à ditadura militar serão lembrados em extensa programação elaborada para marcar os 50 anos do golpe militar que instalou no Brasil uma ditadura que durou 24 anos. Na próxima terça-feira (1º), além da sessão solene, haverá um ato político, à tarde, precedido de homenagem ao ex-deputado Rubens Paiva.
O Cineclube Henfil de Maricá, município da Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro, encerra nesta quarta-feira (26), às 19 horas, a programação de março relativa aos 50 anos do golpe militar que instaurou a ditadura no país.