Depois da morte de pelo menos 30 pessoas em confrontos ocorridos nesta sexta-feira (5), o presidente interino do Egito, Adly Mansur, se reuniu neste sábado (06) com o ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas, general Abdel Fatah al-Sisi, e com o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, segundo a agência de notícias estatal Mena.
Choques sangrentos entre dezenas de milhares de opositores e partidários do destituído presidente do Egito, Mohamad Mursi, em todo o país árabe, deixaram 30 mortos e 318 feridos.
O Exército do Egito se prepara para protestos em massa de apoiantes do presidente deposto Mohamed Mursi. Na quinta-feira (4), o comando das Forças Armadas do país prometeu abster-se de medidas repressivas contra os manifestantes, se suas ações forem pacíficas. Mas os adversários da mudança de governo no Egito revelam ânimos bastante agressivos.
Por Natalia Kovalenko, na Voz da Rússia
A União Africana suspendeu o Egito de todas as suas atividades após a destituição do presidente Mohammed Mursi, de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (5) por uma fonte oficial da organização. O seu Conselho de Paz e Segurança “decidiu suspender a participação do Egito das atividades da UA até que seja restituída a ordem constitucional”, de acordo com a declaração oficial.
O mundo assistiu, desde domingo, àquilo que a BBC de Londres chamou de “a maior manifestação de massas da história da humanidade ocorrida em um só dia em um país”. Pura verdade. O Egito assistiu no domingo, 30 de junho, a 17 milhões de pessoas nas ruas. E nesta quarta, 3 de julho, foram 30 milhões. E esse que é o maior país árabe, possui 82 milhões de habitantes. Grosso modo, podemos dizer que 36% de sua população saíram às ruas para pedir o fim do governo de Mohamed Mursi.
Por Lejeune Mirhan*
O líder do Partido Republicano do Povo da Turquia (CHP), Kemal Kiliçdaroglu, disse que o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan deve aprender com o ocorrido no Egito, embora tivesse manifestado a sua insatisfação com a destituição do presidente egípcio Mohammed Mursi pelo Exército, nesta quinta-feira (4). A Turquia também vem sendo palco de protestos antigovernamentais desde o fim de maio.
O presidente destituído do Egito, Mohammed Mursi, foi transferido ao Ministério da Defesa e separado dos assessores com que estava detido em um quartel da Guarda Republicana no Cairo, capital do país norte-africano, segundo um comunicado emitido nesta quinta-feira (4) pela Irmandade Muçulmana. Na quarta (3), após destituir Mursi, o Exército nomeou o presidente do Tribunal Constitucional Supremo, Adli Mansur, para a presidência interina do Egito.
O ministro da Defesa do Egito e comandante das Forças Armadas, Abdeh Fattah al-Sissi, acaba de declarar que está suspensa a Constituição do país. O presidente Mohamed Mursi foi deposto depois de o Exército dar um ultimato há dois dias.
Dezenas de milhares de egípcios saíram às ruas nesta quarta-feira (3), quando terminou o controverso ultimato emitido pelo exército para que o governo do presidente Mohammed Mursi achasse uma solução política para a crise no país; o presidente afirmou que manterá o seu governo mesmo que isso lhe custe a vida. Os egípcios preparam-se para ouvir as declarações do exército a qualquer momento, ainda nesta quarta.
Ao menos 16 pessoas perderam a vida e outras 200 ficaram feridas como consequência de um ataque perpetrado por homens desconhecidos contra os manifestantes pró e contra o governo do presidente Mohammed Mursi no Cairo, capital do Egito. O ataque foi realizado na noite desta terça-feira (2), na região da Universidade do Cairo, quando homens não identificados atacaram uma manifestação.
O ministro de Assuntos Exteriores do Egito, Mohamad Kamel Amr, apresentou a sua demissão, nesta terça-feira (2), em meio à crise política que o país árabe atravessa, poucas horas antes de o presidente Mohammed Mursi rechaçar o ultimato do Exército, feito nesta segunda (1º/7), para “satisfazer as demandas do povo” e demitir-se do governo. Kamel Amr soma-se ao grupo de ministros e outros responsáveis egípcios que já se demitiram neste domingo (30/6) e na segunda.
Um grupo de oito membros independentes da Chura, o conselho consultivo egípcio com funções legislativas, renunciou nesta segunda-feira (1º/7), em solidariedade com as forças de oposição, que exigem a demissão do atual presidente do país, Mohamed Mursi.