Soldados do Exército e policiais do Egito reprimiram novamente nesta sexta-feira (16) manifestantes que protestavam diante da sede do governo, no centro da cidade do Cairo. Membros da oposição confirmaram a existência de dezenas de feridos.
Mais de 18 milhões de egípcios estão convocados às urnas para a segunda etapa das eleições legislativas, que serão realizadas a partir desta quarta-feira (15) em nove províncias do país.
As Forças Armadas do Egito, que estão no poder atualmente, anunciaram nesta quinta-feira (8) que encarregaram um "conselho consultivo" de preparar o procedimento de elaboração de uma Constituição, ignorando os pedidos de outras forças políticas e da organização religiosa Irmandade Muçulmana de deixar a prerrogativa a um parlamento eleito, que deverá ser dominado pelos islamitas.
O PLJ (Partido Liberdade e Justiça), braço político no Egito da organização islâmica Irmandade Muçulmana, venceu a primeira das três fases das eleições legislativas do país. O anúncio oficial da Junta Eleitoral foi feito nesta quarta-feira (07).
Os candidatos do partido da Irmandade Muçulmana, o PLJ (Partido da Liberdade e da Justiça), conquistaram 36 cadeiras na Assembleia do Povo (câmara baixa do Parlamento egípcio) na segunda etapa das eleições legislativas egípcias.
Centenas de egípcios voltaram às urnas nesta segunda-feira (5) para o segundo turno da eleição parlamentar por distritos, a primeira desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak em fevereiro. Na nova rodada de votação, o partido da Irmandade Muçulmana tentará ampliar sua vantagem sobre a coalizão salafista e partidos liberais.
A soma dos votos conquistados pelo Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, e a formação salafista Ao Nour chega a 60%, conforme apuração dos primeiros resultados das eleições legislativas egípcias.
O presidente da Junta Eleitoral do Egito, Abdelmoaiz Ibrahim, informou nesta sexta-feira (2) que a participação nos dois dias do primeiro turno das eleições legislativas egípcias, realizadas na segunda e na terça-feira, alcançou a marca dos 62% – o equivalente a 8,5 milhões de eleitores.
Milhares de egípcios começaram a se mobilizar nesta sexta-feira (02) para exigir um governo de unidade alheio aos desígnios da Junta Militar, enquanto aguardam com expectativa os resultados da primeira fase das eleições parlamentares. O protesto tem como intenção pressionar o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) para que acelerem a transferência de poder a uma unidade civil escolhida pelos cidadãos.
O exército egípcio detém poderes simbólicos, históricos, políticos e econômicos com um alcance pouco comum, que o converteu na coluna vertebral do país, em um Estado dentro do Estado e em um dos grupos de poder econômico mais importantes do mundo. O Egito é, na verdade, um Estado-Exército. Entre indústrias, bancos, turismo, agricultura, novas tecnologias e parque imobiliário, o exército egípcio controla 25% do Produto Interno Bruto do país.
Por Eduardo Febbro*
A Comissão Eleitoral egípcia começará nesta quarta-feira (30) a divulgar os resultados parciais das eleições legislativas, após os dois primeiros dias de votação, informou à Agência Efe um porta-voz da instituição.
O chefe da Comissão Eleitoral do Egito, Abdel Moez Ibrahim, disse nesta segunda-feira (28) que o número de eleitores participando das votações superou o esperado pelas autoridades egípcias.