Medidas incluem retomada das obras de Angra 3, volta da mineração de urânio e anúncio de uma nova usina até 2031. Mas especialistas sustentam que fontes solar e eólica são mais estratégicas para o país. Confira os argumentos contra e a favor desta matriz energética.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que a sua diretoria aprovou financiamento de R$ 353,5 milhões para a construção de quatro centrais eólicas no município de Trairi (CE) e de seus respectivos sistemas de transmissão.
Além de reforçar a segurança energética do País, o crescimento do parque gerador de energia eólica nos próximos anos também vai ajudar o mercado de trabalho brasileiro. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a cadeia de produção do setor deve gerar cerca de 50 mil empregos somente neste ano.
A Aneel realizou na última sexta-feira (13), em São Paulo, o 2º Leilão de Energia de Reserva de 2015, que contratou 53 projetos de empresas de 9 estados brasileiros. O objetivo foi contratar energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração a partir das fontes Solar Fotovoltaica e Eólica.
A energia eólica é uma fonte de geração de energia elétrica que mais cresce no Brasil. Para os próximos anos são esperados a abertura de mais de 19 mil postos de trabalho no setor, mais de R$ 6 bilhões em investimentos, 2,7 milhões de casas abastecidas e 1,3 milhão de toneladas de redução de dióxido de carbônico (CO²), em virtude da utilização desta fonte de energia. Só em 2015, serão 113 novos parques eólicos em andamento com uma capacidade total de 2.7GW de potência.
As usinas eólicas brasileiras aumentaram em 114% a produção de energia no primeiro semestre de 2015, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. No fim de junho do ano passado, essa matriz era responsável por 1,4% do total gerado de energia no ano no Sistema Interligado Nacional (SIN). Atualmente, ela representa 3% de toda a energia produzida no Sistema Integrado Nacional.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 371 projetos para o Leilão de Energia Elétrica A-3 (com entrega a partir de 2018) marcado para o dia 21. Desse total, 338 projetos são referentes a empreendimentos da fonte de energia eólica, que totalizou oferta de 8.328 megawatts (MW).
O segundo leilão de energia de reserva feito pelo governo brasileiro, marcado para 13 de novembro, terá 1.379 projetos, sendo 730 empreendimentos de energia eólica e 649 de energia solar fotovoltaica. O total oferecido soma 38.917 megawatts (MW) em capacidade instalada. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (22), em nota, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A convite da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, participou na última terça-feira (21/07), como palestrante especial, do evento “Café da Manhã para Associados e Convidados”, que acontece periodicamente com o objetivo de debater temas relacionados a industria eólica.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, informou, em entrevista ao Jornal Meio Norte, que 2% de toda a matriz energética do Brasil já tem como fonte a energia eólica no Nordeste e a tendência é que essa energia renovável e alternativa seja ampliada, principalmente porque a região tem a matéria-prima dessa energia em abundância, o vento.
O Brasil tem necessidade de mais planejamento e regularidade nas contratações de energia eólica e solar, além de leilões anuais específicos para os dois modos de geração de energia, mostra estudo divulgado nesta terça-feira (29) pela organização não governamental WWF-Brasil.
O Brasil está investindo mais na energia elétrica gerada a partir dos ventos, a chamada produção eólica. A capacidade instalada dessa fonte saltou 103%, passando de 2.877 MW (megawatts) para 5.833 MW entre abril de 2014 e de 2015. Os dados constam do Boletim Mensal de Monitoramento do Setor Elétrico.