Em tempos de folia, vale dar um mergulho na história e visitar os anos pré-abolicionistas do século XIX. Era época dos primeiros blocos e cordões carnavalescos, com motivos africanos e críticas à situação do Império, que insistia em manter o regime escravista. Aparecem clubes carnavalescos organizados por africanos, negros e mestiços, tais como Embaixada Africana, Pândegos da África, Chegada da África, entre outros.
por Fernando Paulino*
"Verdadeiramente eu vivo num tempo sombrio”, disse Bertold Brecht quando crescia o nazismo na Alemanha. Angustiado, indagava “que tempo é este em que uma conversa sobre árvores chega a ser uma falta, pois implica em silenciar sobre tantos crimes?”. E, inquieto, perquiria aos insensíveis: por que a “frieza baixou” sobre tanta gente?
Por Haroldo Lima*
Por vezes dissimulado e provocativo, Machado de Assis foi um dos autores que melhor tratou de questões sensíveis à sociedade brasileira, como, por exemplo, o racismo. Ironia e sarcasmo estão presentes na obra do escritor ao explorar aspectos psicológicos e subjetivos de personagens escravizados.
Na última semana, veio a público notícias sobre o escândalo da venda de escravos “em pleno século 21”, com referências à crise migratória e humanitária, a “calamidade pública” existente na Líbia; tudo, porém, sem alusões ao que motiva essa crise, que provém da destruição do país norte-africano pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Com direção de Roberto Boni, o espetáculo “Elesbão: um sonho de liberdade” será apresentado neste final de semana, no Museu da Cidade (Campinas/SP). A entrada é franca.
CTB, CUT, CSB, UGT, Força Sindical e Nova Central convocam ato na capital paulista na sexta (10), o Dia Nacional de Mobilização. A atividade começa às 9h30 com uma concentração na Praça da Sé. Às 10h30, manifestantes saem em caminhada até a Avenida Paulista.
Não é sem desmedida ironia que hoje quero dar os meus parabéns ao empresariado, pastores neopentecostais e políticos conservadores brasileiros, pela sua competência e dedicação. Conseguiram o impossível. Afinal não podemos considerar de pouca monta o fato de, aliados com interesses internacionais inconfessáveis, terem colocado no poder um governo ilegítimo, num golpe contra a vontade popular.
Nos anos 1980, quando a antropóloga e historiadora Lilia Moritz Schwarcz começou a pesquisar questões raciais no Brasil, teve que começar por convencer os colegas de que tinha um problema de pesquisa. “Na época, essa era quase uma falsa questão. Como eu sou um pouco triste, como Lima Barreto, eu persisti no tema”, diz ela.
Francisco das Chagas da Silva Lira, 38 anos, foi resgatado por fiscais do Ministério do Trabalho no início dos anos 2000 numa fazenda no interior do Pará.
A portaria do governo federal que altera a definição de trabalho escravo no Brasil pode ter impactos sobre as exportações do país. É o que apontaram representantes da União Europeia (UE) e do setor empresarial brasileiro, em matéria da Folha de S. Paulo, publicada nesta quinta (19).
Michel Temer ultrapassou os limites na tentativa de salvar seu mandato e não ser investigado pelos crimes de corrupção. Ele flexibilizou as regras para combate ao trabalho escravo com a finalidade de garantir votos de deputados a seu favor e se safar das denúncias. Atendendo a um antigo pedido da bancada ruralista no Congresso Nacional, Temer reduziu o conceito de trabalho escravo através de portaria publicada, na segunda-feira (16), no Diário Oficial da União.
Por Orlando Silva*
“Inconstitucional”, “um desastre” e “um retrocesso inimaginável”. Essas foram algumas das expressões utilizadas pela procuradora do Ministério Público do Trabalho, Débora Tito, ao se referir à portaria 1.129/2017, publicada no Diário Oficial da União nesta segunda (16). A medida do Ministério do Trabalho altera o conceito de trabalho escravo e dificulta a fiscalização e o combate a essa prática.
Por Joana Rozowykwiat