As Farc-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) abriram neste sábado (17) sua décima Conferência Nacional Guerrilheira, que reúne mais de 200 líderes guerrilheiros para discutir e aprovar o acordo de paz entre o grupo e o governo colombiano, cujo texto final foi alcançado em agosto após quatro anos de negociações.
Nesta quarta-feira (21) é celebrado o Dia Internacional da Paz e na ocasião o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, fez sua intervenção durante a 71ª reunião da Assembleia Geral da ONU, nos Estados Unidos. O chefe de estado disse que há uma guerra a menos no planeta, e trata-se de seu país que está prestes a alcançar a paz depois de mais de 50 anos de conflito.
Pela primeira vez em mais de 50 anos de conflito as Farc (Forças Armadas Revolucionárias – Exército do Povo) fazem uma conferência aberta. Esta será a última grande reunião da organização, que depois de referendado o acordo de paz com o governo colombiano, deve reintegrar seus guerrilheiros à vida civil, sem armas.
Depois de meio século de conflito armado na Colômbia, pode-se afirmar que as consequências negativas para o povo colombiano são incontáveis. Desde despejos forçados até inúmeras perdas humanas. Além disso, a guerra também tem um altíssimo custo financeiro para o país. Estes recursos poderiam ser investidos em outras áreas, como educação, saúde e infraestrutura, a fim de melhorar a vida dos cidadãos locais.
No próximo dia 3 de outubro 33 milhões de colombianos vão às urnas decidir em plebiscito se aprovam, ou não, o acordo de paz firmado entre o governo e as Farc para dar fim aos mais de 50 anos de conflito. O ex-presidente de extrema direita Álvaro Uribe se tornou um porta-voz da guerra ao defender que a população vote pelo “não”, ou seja, um “não à paz”.
Por Mariana Serafini
O chefe máximo das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo), Rodrigo Londoño Echeverry, declarou neste domingo (28) o cessar-fogo definitivo e o fim das hostilidades contra o Estado colombiano a partir da meia-noite desta segunda-feira (29), dias após a assinatura do acordo de paz para tentar acabar com o conflito que dura cinco décadas.
O presidente do Equador, Rafael Correa, é um dos primeiros chefes de Estado a comentar a assinatura do acordo de paz definitivo entre o governo da Colômbia e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo). Durante um programa televisivo local, o mandatário felicitou o país de Juan Manuel Santos e disse que o fim do conflito de mais de 50 anos é “um vendaval de frescor” para toda a América Latina.
A Colômbia nunca esteve tão perto de dar por encerrado o conflito que já dura mais de 50 anos. Nesta terça-feira (23) o Governo colombiano e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) anunciaram que as negociações para atingir o acordo definitivo de paz foram encerradas. Os Diálogos de Paz aconteceram em Havana, Cuba, durante 4 anos.
Por Mariana Serafini
Numa entrevista concedida à Calle2, Lucas Carvajal, integrante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) fala sobre o acordo firmado com o governo colombiano e o projeto de o grupo criar um novo partido político
O Conselho de Estado da Colômbia anulou nesta terça-feira (9) a sanção de 2010 contra a ex-senadora e ativista Piedad Córdoba, que a afastou de seu cargo como senadora e determinou sua inelegibilidade por 18 anos devido a um suposto envolvimento com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Começou nesta semana, na Colômbia, a inspeção nas zonas onde estão concentrados os membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo), para selar a paz com o governo. Estas áreas serão chamadas de “zonas de transição”, e servirão para reincorporar os guerrilheiros à vida civil da melhor forma possível.
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) defende a implementação de políticas mundiais para a igualdade de gênero e direitos das mulheres. Através de um comunicado publicado em suas mídias oficias, neste domingo (24), quando foi firmada a garantia de inclusão de gênero nos acordos de paz, a guerrilha expôs sua iniciativa de “se fazer como se sonha”.