As delegações de paz do governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pediram nesta terça-feira (3) que os colombianos respaldem o processo que levam a cabo em Cuba desde novembro de 2012.
A mesa de negociação entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) iniciam nesta terça-feira (3) um novo ciclo de diálogos de paz em Havana, Cuba. A expectativa é que a rodada seja curta e encerrada ainda nesta semana, por causa do segundo turno das eleições presidenciais, que ocorrerá em menos de 15 dias.
Coincidindo com os processos de transição em vários Estados da América Latina, a partir de 1984 o povo colombiano pressiona por uma solução política e não militar ao conflito social e armado que se desenvolve no país, provocado pela violência agenciada desde as alturas do poder dominante, violência que se converteu num mecanismo de contenção das exigências populares e numa manifestação da intolerância, exclusão e desigualdade do regime político.
Por Pietro Alarcon*, na Adital
Na Colômbia, o partido União Patriótica e o movimento político e social Marcha Patriótica anunciaram, nesta quinta-feira (28), que vão respaldar a reeleição do presidente Juan Manuel Santos, em prol da continuidade do processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP). Entretanto, outra força de esquerda, o partido do Polo Democrático Alternativo (PDA) descartou nesta sexta (30) a possibilidade de apoio a Santos no segundo turno das eleições.
Membros das comissões de paz do Congresso colombiano apoiaram a iniciativa do presidente Juan Manuel Santos de estudar a possibilidade de dividir em subgrupos os participantes da mesa com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para agilizar os diálogos.
As Farc reiteraram que “sua candidata” às eleições na Colômbia é a Assembleia Constituinte, depois de apresentar aqui os lineamentos gerais para levar adiante este processo onde a guerrilha expõe sua visão sobre o país.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se consolidaram em 27 de maio de 1964, em Marquetalia, em Tolima. Na ocasião, um grupo armado tentava defender uma comunidade camponesa autônoma de uma ofensiva do exército. A insurgência mais antiga da América Latina completa 50 anos e este pode ser seu último aniversário como guerrilha, pois ao finalizar o processo de paz, espera-se que as Farc sejam inseridas no sistema político do país.
Por Théa Rodrigues, da redação do Portal Vermelho
O vencedor do primeiro turno das eleições presidenciais da Colômbia, o uribista Óscar Iván Zuluaga, voltou a dizer nesta segunda-feira (26) que, se eleito, suspenderá o processo de paz provisoriamente para exigir uma série de condições às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O candidato colombiano da oposição, Óscar Zuluaga, e o presidente Juan Manuel Santos, que busca um novo mandato, disputarão o segundo turno da eleição presidencial, em 15 de junho, já que nenhum deles alcançou os 50% necessários para a vitória.
Neste domingo (25), os colombianos vão às urnas para definir o próximo presidente do país. Após uma campanha marcada por acusações mútuas dos principais candidatos, o resultado do pleito não só definirá quem estará a frente do país pelos próximos quatro anos, mas também qual será o rumo do processo de paz com as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Nesta sexta-feira (16), o representante de Cuba, Rodolfo Benitez Verson, emitiu uma declaração para saudar os recentes e significativos acordos alcançados entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) e o governo colombiano, principalmente sobre o quarto ponto das negociações lançadas em novembro de 2012.
A Organização das Nações Unidas (ONU) saudou, nesta sexta-feira (16), as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo pelos “consensos logrados no ponto quatro do Acordo Geral para o Término do Conflito”, relativo à “solução para o problema das drogas ilícitas.” A organização também saudou o cessar-fogo unilateral anunciado pelas Farc e pelo Exército de Libertação Nacional (ELN) às vésperas e durante as eleições.