A proposta não resolve a grande maioria das distorções que se dispõe a eliminar. Ao contrário, a reforma apresentada poderá acentuar os problemas do setor público, até os já superados
Os prognósticos sombrios do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial para a chamada economia “ocidental”, enquanto a China apresenta números positivos, são elementos essenciais para a compreensão de uma época histórica. A crise global que se estende desde o seu epicentro de 2007-2208 se agravou muito com a pandemia do coronavírus, mas a sua base tem raízes mais profundas.
A combinação dos efeitos da crise econômica global, desde o seu pico mais agudo de 2007-2008, com os da pandemia de Covid-19, constitui uma das discussões mais inflamadas que o mundo terá de travar no futuro próximo. Os próprios organismos do clube dos países ricos estão se posicionando a respeito, reconhecendo o potencial destrutivo desses efeitos.
” Governos devem considerar aumentar impostos sobre indivíduos mais afluentes e aqueles relativamente menos afetados pela crise”, diz organismo em relatório.
Mesmo na comparação global, o Brasil está abaixo da média geral
Organismo internacional argumenta que investimento privado está em baixa devido a incertezas e que governos devem tomar a dianteira.
FMI destaca que mulheres estão nas ocupações mais afetadas pela crise sanitária e assumem mais trabalho doméstico não remunerado.
Crise do coronavírus causa desaceleração sem precedentes em investimentos, comércio e turismo das economias em desenvolvimento
A queda na atividade econômica dos 27 países-membros pode chegar a 8,3%, diz Comissão Europeia. Na Itália, pode atingir 11,2%. Enquanto isso, FMI previu queda de 9,1% para o Brasil, mas Guedes nega a realidade.
Em relatório, instituição diz que retomada econômica é incerta em todo o mundo, devido à falta de solução médica para a crise de saúde. Defende, ainda, auxílio financeiro para população e empresas afetadas.
Em relatório lançado na última terça-feira, dia 16, economistas destacam a necessidade de reformas para ajudar os governos a financiarem as respostas econômicas à crise sanitária global
Um agravante para o baixo desempenho da economia brasileira é que o país já crescia pouco mesmo antes da pandemia. O país estava atrás da maior parte do mundo: para se ter uma ideia, sete em cada dez países cresceram mais do que o Brasil no ano passado, ainda segundo o FMI.