Bancários de todo o país realizam assembleias nesta quarta-feira (13) para avaliar as propostas dos bancos privados e oficiais que oferecem reajuste médio de 7,5%, mais correções diferenciadas de benefícios. Diante do ganho real de 3,08% proposto pelos bancos, a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e do Comando Nacional dos Bancários é pela suspensão da greve e volta ao trabalho na quinta-feira (14).
Em reunião com representantes dos bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) começou a ceder às pressões da categoria – o que pode levar ao fim da greve iniciada há 13 dias. A nova proposta de reajuste, de 7,5%, foi apresentada nesta segunda-feira (11).
A greve dos bancários ainda nem acabou, mas já é a maior dos últimos 20 anos. Com as atividades paralisadas há dez dias, a categoria já fechou 8.280 agências em todo o país. E como a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não apresentou uma nova proposta de reajuste, a expectativa é que o movimento continue a crescer nos próximos dias, com a adesão de um número cada vez maior de trabalhadores.
As “medidas de austeridade” – anunciadas pelo governo em 29 de setembro, poucas horas depois de dezenas de milhares de pessoas trazerem às ruas de Lisboa e do Porto mais um incontornável sinal das dificuldades e do descontentamento que grassam entre os trabalhadores – vieram dar ainda mais razão à necessidade de uma resposta de luta num patamar mais elevado.
Os bancários do RN entraram com processo na Justiça para derrubar a liminar que proíbe os sindicalistas de ficarem próximos aos bancos Bradesco e Itaú e que convoca os funcionários a voltarem ao trabalho. No RN, apenas os bancos Safra, Bradesco e Itaú (que agregou o Unibanco) estão funcionando normalmente. Todos os outros continuam de portas fechadas.
No oitavo dia de greve, a mobilização dos bancários continua crescendo no Ceará. Em Fortaleza, o grande destaque desta quarta-feira, dia 06/10, foram dois atos em agências da Caixa, que mantinham alguns serviços funcionando.
A greve dos bancários chegou ao sétimo dia de paralisação ainda mais forte nas grandes cidades e se alastra pelos municípios pequenos. A paralisação também atinge os centros administrativos de todos os bancos nas capitais, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro.
A greve nacional dos bancários completa sete dias nesta terça-feira (5/10) com o saldo de 6.527 agências fechadas em todo o Brasil. O movimento ganha força e já atinge os 26 estados e o Distrito Federal, com a expectativa de que mais trabalhadores paralisem as atividades nos próximos dias, uma vez que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não apresentou nenhuma nova proposta à pauta de reivindicação da categoria.
Em greve desde a última quarta-feira, os bancários deram início, ontem, a uma nova fase do movimento. Os piquetes foram estendidos às agências do Bradesco, que até então não haviam sido palco dos atos públicos da categoria.
A greve dos bancários cresceu na sexta-feira, dia 1º/10, em Fortaleza e por todo o Estado e chega aos 43,33% do total de agências paralisadas no Ceará. No terceiro dia da greve foram fechadas 195 agências, sendo 143 na Capital e 52 no Interior, envolvendo 4.668 bancários. A tendência é que a greve cresça ainda mais nesta segunda-feira, sexto dia da paralisação, que atinge todo o País. É patente a insatisfação da categoria, que não aceita esse desrespeito dos bancos.
A greve continuou ainda mais forte durante o segundo dia de greve, dia 30/9. O destaque do dia foi a intensa adesão dos bancos privados. Os diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) acreditam que o movimento grevista tende a crescer cada vez mais. Eles avaliam que a adesão da categoria também vem aumentando e, mais importante, voluntariamente.
O sindicato dos bancários informou que a greve da categoria fechou 4.895 agências no país nesta quinta (30) – cerca de 25% das 19.800 existentes. O movimento foi iniciado na quarta-feira (29), com a adesão de quase 4 mil agências e centros administrativos.