A Advocacia Geral da União (AGU) recorreu da decisão do juiz federal José Carlos Zebulum, do Rio de Janeiro, que suspendeu o pagamento das indenizações a 44 camponeses perseguidos pela ditadura militar durante a guerrilha do Araguaia. Ele acatou a ação dirigida pelo deputado estadual Fábio Bolsonaro (PP) que alega que não há critérios técnicos para apurar os danos causados aos camponeses.
Victória Grabois massageia suavemente as costas, doloridas. Há horas está sentada em frente ao computador, escrevendo e-mails para tentar localizar parentes de estudantes e professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desaparecidos durante a ditadura militar (1964-1985).
Por Lamia Oualalou, no Opera Mundi
Na última sexta-feira (2), a região sul do Pará foi visitada, pela primeira vez, pelos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que se juntaram ao grupo de geólogos, legistas, militares e integrantes da comissão interinstitucional que acompanha as expedições dos investigadores nomeados pelo governo federal para localizar e identificar restos mortais de guerrilheiros assassinados na região durante o histórico episódio conhecido como Guerrilha do Araguaia.
Os ministros Nelson Jobim (Defesa) Paulo Vannuchi (Secretaria Especial dos Direitos Humanos) chegam nesta sexta (2) ao sul do Pará onde participarão de uma reunião do Comitê Interinstitucional que acompanha as escavações em busca dos restos mortais dos desaparecidos da Guerrilha do Araguaia, movimento de resistência à ditadura militar comandado pelo PCdoB na década de 70.
Com homenagem a Frei Tito de Alencar e Bergson Gurjão, que terá seus restos mortais finalmente enterrados pela família, a 28ª Caravana da Anistia chega a Fortaleza (CE) e julga, nos dias 5 e 6 de outubro, mais de 70 processos de anistia política – todos de cearenses que afirmam ter sido perseguidos durante a ditadura militar. O evento, realizado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, será aberto segunda-feira (5), às 9h30, na Assembléia Legislativa do Ceará.
Os ministros Nelson Jobim, da Defesa, e Paulo Vannuchi, dos Direitos Humanos, desembarcam nesta segunda-feira (28) em Marabá (sul do Pará). Eles vão comandar a reunião da comissão interinstitucional que acompanha as expedições dos investigadores nomeados pelo governo federal para localizar e identificar guerrilheiros do PCdoB mortos pelo Exército na Guerrilha do Araguaia, na década de 1970, no Pará.
Bergson Gurjão Farias, militante do Partido Comunista do Brasil, tombou em combate em 1972, na Guerrilha do Araguaia, ao lado de outros três jovens heróis cearenses: Jana Barroso, Custódio Saraiva e Teodoro de Castro. Bergson teve seus restos mortais finalmente identificados em julho de 2009. Continuaremos lutando pela identificação dos demais.
Sexta-feira, 28 de agosto. Uma tarde diferente na Praia do Futuro, em Fortaleza. Alunos (as), educadores (as) e moradores se juntaram para assistir a apresentação e defesa dos nomes que disputarão a eleição, na próxima segunda (31/8), para a escolha do nome da mais nova escola municipal da área.
O grupo de trabalho criado pelo Ministério da Defesa para localizar e resgatar os restos mortais dos desaparecidos da Guerrilha do Araguaia encerrou neste seábado (29) a segunda fase das escavações. Mais uma vez as buscas não localizaram restos de guerrilheiros.
O secretário especial dos Direitos Humanos, ministro Paulo Vannuchi, assinou, nesta terça-feira (18), no Arquivo Nacional, o termo de recolhimento de aproximadamente 500 processos da época da ditadura militar, indevidamente retidos em repartições públicas ou por ex-agentes do Estado. O acervo inclui documentos sobre atividades de repressão e tortura no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979.
Terminou nesta terça-feira (18), na região de Marabá (PA), a terceira fase das buscas das ossadas de guerrilheiros do Araguaia, assassinados e enterrados clandestinamente pelas forças repressivas nos anos 70. Não se achou nenhuma ossada. Para o ex-deputado Aldo Arantes, que acompanha os trabalhos pelo PCdoB, "é imprescindível ouvir os militares que participaram", especialmente na "Operação Limpeza", ao final.
O Grupo de Trabalho Tocantins começou, nesta terça-feira (11), a terceira etapa do trabalho de buscas por corpos de guerrilheiros mortos durante a Guerrilha do Araguaia nos estados de Pará e Tocantins. O trabalho de escavações deve durar até 31 de outubro. Os primeiros locais a serem escavados serão o pátio do DNIT em Marabá e a região identificada como Tabocão, também no Pará. O deputado Pedro Wilson (PT-GO) quer que sejam ampliadas as áreas de busca para outros estados.