Vista do alto, a capital de Honduras, Tegucigalpa, onde vivem 2 milhões de habitantes, não tem muitos edifícios e nem parece ser uma megalópole. Com uma área de 112 mil quilômetros quadrados – um pouco maior do que Santa Catarina -, Honduras tem hoje a terceira renda mais baixa da América Central.
Uma missão das Nações Unidas chegou neste domingo a Tegucigalpa para avaliar denúncias de violação aos direitos humanos depois do golpe de Estado em Honduras, onde o governo de fato mantém estado de sítio. A visita ocorre quando está sendo retomado, nesta sgeunda-feira, o diálogo em busca de uma solução à crise política.
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse neste domingo (18) que os golpistas que o derrubaram no dia 28 de junho dariam tudo o que têm para permanecer no poder. "Eles dariam tudo o que têm para ficar no poder, porque eles obedecem a uma coleira econômica que asfixia Honduras desde os anos 90", disse Zelaya à Agência Efe por telefone a partir da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está abrigado desde 21 de setembro.
O líder do regime ditatorial de Honduras, Roberto Micheletti, ofereceu uma homenagem à seleção nacional de futebol pela classificação para a Copa do Mundo. Enquanto isso, sua comissão de negociadores pedia a prorrogação do prazo do diálogo sobre a crise política, deflagrada no final de junho com a deposição do presidente legítimo, Manuel Zelaya.
A 7ª Cúpula da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) termina neste sábado (17), na boliviana Cochabamba, após a aprovação na véspera de uma moeda regional e de “sanções econômicas e comerciais” a Honduras. Na sexta-feira (16), os presidentes de Bolívia, Cuba, Equador, Venezuela, Dominica, Antigua e Barbuda e São Vicente e Granadinas decidiram “aplicar sanções” contra o “regime golpista” de Roberto Micheletti, que derrubou em junho o legítimo presidente hondurenho, Manuel Zelaya.
O alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos anunciou nesta sexta-feira, 16, que enviará uma missão a Honduras neste domingo para investigar as violações dos direitos fundamentais perpetradas desde o golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya em 28 de junho. Os enviados do organismo internacional permanecerão no país até 17 de novembro.
No último dia de prazo dado pelo presidente deposto Manuel Zelaya para um acordo que ponha fim aos mais de cem dias de crise política em Honduras, o governo golpista, de Roberto Micheletti, voltou, nesta quinta-feira (15), a trancar as negociações, adiando em mais um dia o diálogo, que já dura mais de uma semana. A expectativa agora é que até o meio-dia (horário local) desta sexta haja uma posição definitiva.
Patricia Rodas, chanceler do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou nesta quinta-feira que pedirá aos países da Alva (Aliança Bolivariana para as Américas) o aprofundamento das sanções contra o regime de fato de Roberto Micheletti. À meia-noite de hoje (03h00 de sexta-feira, hora de Brasília), expira o prazo dado por Zelaya para sua recondução ao poder sem prejuízo do calendário das eleições de novembro.
Diversos movimentos sociais, entre eles o MST, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e a CUT, protestaram no último 2 de outubro contra o golpe militar em curso em Honduras e pela imediata volta de Manuel Zelaya à presidência do país. Sob as palavras de ordem “alerta, alerta, alerta que caminha, a luta socialista por América Latina!”, os manifestantes defenderam a democracia em Honduras e distribuíram panfletos pela Avenida Paulista durante o protesto.
Aumenta a cada dia a pressão por uma saída à crise de Honduras – até então inviabilizada pela intransigência do golpista Roberto Micheletti. Depois de a igreja católica, que a princípio chegou a apoiar o golpe, ter solicitado um fim ao impasse, nesta quinta (15), os Estados Unidos defenderam que as partes aproveitem os avanços nas negociações para chegarem logo ao consenso. "Esperamos que alcancem um acordo e que o alcancem em breve", disse o porta-voz Departamento de Estado, Robert Wood.
Futebol e ditadura. A dupla é velha, mas não por isso menos efetiva. O governo de fato hondurenho mantinha, ontem (14) um estado de sítio em todo o território e, ao mesmo tempo, negociava pata tentar continuar no poder com representantes do presidende deposto, Manuel Zelaya. Sob esse clima, nada melhor que um clássico futebolístico por um lugar no Mundial da África do Sul para monopolizar não só todas as conversas, como também o noticiário e a programação televisiva.
O prazo final imposto pelo presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, para que haja uma saída negociada para a crise no país termina nesta quinta-feira (15), à meia-noite. Negociadores de Zelaya e do governo golpista, liderado por Roberto Micheletti, voltam à mesa de negociações para buscar um pacto. Micheletti decretou hoje feriado nacional, após Honduras conseguir, ontem à noite, se classificar para a Copa do Mundo da África do Sul, informou o jornal local "La Prensa".