Diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que dificulta o impeachment, o PSDB agora aposta nos julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral sobre a chapa de Dilma Rousseff. Seguindo o roteiro do presidente da legenda, Aécio Neves, o senador Cássio Cunha Lima (PB) disse em entrevista ao O Globo que a esperança golpista é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Embora não ainda liquidado política e factualmente, o movimento do golpe político via processo de impeachment já foi derrotado moralmente. A semana passada foi o marco dessa derrota. Uma conjunção e convergência de eventos e percepções constituiu a evidência dessa derrota. Ninguém sabe ainda qual será o desfecho do processo.
Por Aldo Fornazieri*, no Jornal GGN
A cada passo na estratégia do “quanto por melhor” dos tucanos fica evidente que as alianças se formam em torno de um único objetivo: o poder. Para isso, os fins justificam os meios. Até a semana passada a grande mídia dizia que a cúpula do PSDB estava decidida a “apoiar e até encorajar, em alguns casos, Temer a trabalhar pelo impeachment”.
O ainda presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi durante boa parte de 2015 um ídolo dos golpistas que sonhavam em depor a presidenta Dilma Rousseff. Hoje, com a divulgação de milhões em seu nome em contas no exterior, a admiração persiste, mas envergonhada. É uma idolatria que não ousa dizer seu nome e existe até aqueles que se apressam em renegar o antigo amor, como ratos que, com o coração partido, abandonam o navio que os acolheu, quando este está prestes a afundar.
A carta do vice-presidente da República – pobre, patética, beirando a infantilidade – dá a justa medida do estado moral lastimável em que se encontra a política brasileira, apequenada, amesquinhada, aviltada e envilecida.
Por Roberto Amaral*, em seu blog
Após todos os votos proferidos, o resultado foi devastador para os “impitimeiros”: a) anulação a votação secreta; b) proibição da chapa avulsa e c) determinação que somente o Senado tem legitimidade para decretar o afastamento “preventivo” (180 dias) da Presidenta.
Professores e intelectuais realizaram ato público na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no último dia 16, em repúdio às manobras golpistas e em defesa do Estado Democrático de Direito. No evento, que reuniu renomados intelectuais, foi lançado o Manifesto pela Democracia, que já conta com mais de 7 mil assinaturas. Entre os que endossam o documento está um dos fundadores do PSDB, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira.
Pouco depois do Supremo Tribunal Federal decidir pela derrubada das manobras que ele tentou impor para o rito do impeachment, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), disse que agora vai cumprir a lei, mas ainda acha que existem pontos que precisam de esclarecimentos.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (17), o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar as manobras golpistas do rito de impeachment definido pela Câmara dos Deputados "deu a grandeza necessária a um rito processual”.
A presidenta nacional do PCdoB, deputada federal (PCdoB-PE) Luciana Santos, enviou uma mensagem em vídeo para os leitores do Portal Vermelho logo após o encerramento da sessão do SupremoTribunal Federal (STF) que acolheu grande parte da ação apresentada pelo partido que, ao ser aprovada, impôs uma grande derrota ao movimento golpista do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para a dirigente nacional, “o PCdoB se coloca como peça fundamental contra a tentativa de golpear a democracia”.
Além do apoio a presidenta, o encontro, realizado nesta quinta (17), em Brasília, abordou propostas para a retomada do desenvolvimento no país. Realizado pela Frente Brasil Popular, a iniciativa reuniu representantes das centrais de trabalhadores, entre elas a Central de Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB) e personalidades e representantes da Cultura como Chico César, Leonardo Boff e Luiz Carlos Barreto.
Mais uma vez, o povo foi às ruas reafirmar o que foi decidido nas urnas em 2014: a manutenção do mandato da presidente Dilma Rousseff e a defesa da democracia. Na tarde desta quarta-feira (16/12), mais de 20 mil baianos promoveram uma grande caminhada da Praça do Campo Grande até a Praça Castro Alves, deixando claro para a direita golpista que o golpe não passará.