A presença da Fiesp na linha de frente da coalizão que defende o impeachment da presidenta Dilma Rousseff reflete o caráter de parte dos empresários brasileiros, que também apoiou o golpe de 1964. A avaliação é do doutor em Ciências Sociais e professor da PUC-MG, Robson Sávio Reis Souza. Segundo ele, o empresariado nacional sempre foi “subserviente do capitalismo global” e avesso a “reformas estruturais que pudessem mexer em seus privilégios”.
Por Joana Rozowykwiat
Após muitos debates e polêmicas, um acordo entre líderes partidários definiu, nesta quarta-feira (30), os procedimentos para as oitivas da comissão que analisa o pedido de impeachment da presidenta Dilma. A oposição queria impedir a participação de depoentes contrários ao impeachment e apressa o relator para que apresente logo seu parecer. No plenário da Câmara, Cunha ajuda para acelerar os prazos e reduzir o tempo de defesa de Dilma Rousseff.
A atriz Maria Flor convoca todos a participarem, nesta quinta-feira (31), do ato pela democracia e contra o golpe. "Não existe nada, nesse momento, que prove que a Dilma fez alguma coisa que ela mereça sair", diz, no vídeo abaixo.
Há cerca de um ano, em 30 de março de 2015, o vice-presidente Michel Temer utilizava a sua conta no Twitter para colocar-se terminantemente contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Nesta terça (29), dia em que a legenda que comanda, o PMDB, desembarca do governo, já está claro o seu papel como um dos timoneiros do golpe em curso.
O líder do governo, senador Humberto Costa (PT-PE), conclamou os cidadãos contrários ao impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, a irem às ruas na quinta-feira, dia 31 de março. Ele lembrou que a data é sugestiva porque marcará os 52 anos do Golpe de 1964, que deu início a ditadura militar. Outros parlamentares reafirmaram a convocação.
Não é novidade para ninguém o papel de protagonista político que a Rede Globo adquiriu no Brasil desde os males de sua origem (na ditadura civil-militar) até o momento atual. Sempre apoiando o “Partido da Ordem”, se revelou tendenciosa, parcial, seletiva em tudo o que se refere a algo classificado como pauta de esquerda, ainda que essa definição seja vaga e imprecisa.
Por Reginaldo Nasser*
Recém-lançado, o Mapa da Democracia já contabiliza resultados positivos. A página permite acompanhar as atividades da comissão do impeachment e o posicionamento dos parlamentares e entrar em contato com cada deputado para cobrar uma postura democrática. Até agora, já contabiliza mais de 340 mil visualizações de 120 mil usuários diferentes.
"Os políticos que votam o impeachment da presidente do Brasil são mais acusados de corrupção que ela". Este é o título de matéria publicada nesta segunda-feira (28) pelo jornal norte-americano Los Angeles Times, que expõe a contradição e o absurdo do atual cenário político brasileiro.
O novo pedido de impedimento da presidenta Dilma, democraticamente eleita pelo povo brasileiro, apresentado na tarde desta segunda-feira (28) pela direção nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não reflete a opinião do conjunto dos advogados brasileiros e mancha a história da instituição. A avaliação é do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), que destaca a contrariedade expressada em atos públicos por milhares de advogados do Ceará e do Brasil.
O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff – levado à análise por um presidente da Câmara que responde no STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – baseia-se nas chamadas “pedaladas fiscais”. Especialistas têm alertado que um afastamento de Dilma por estas razões poderá provocar um efeito cascata, abrindo brecha para pedidos de afastamento e de punição para cerca de 17 governadores, que também praticaram este corriqueiro tipo de manobra fiscal.
O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff – levado à análise por um presidente da Câmara que responde no STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – baseia-se nas chamadas “pedaladas fiscais”. Especialistas têm alertado que um afastamento de Dilma por estas razões poderá provocar um efeito cascata, abrindo brecha para pedidos de afastamento e de punição para cerca de 17 governadores, que também praticaram este tipo de manobra fiscal.
A ofensiva patrocinada pelas forças políticas conservadoras ameaça o conjunto das conquistas econômicas, sociais e políticas que foram obtidas ao longo dos últimos anos. Tendo sido derrotadas nas eleições de outubro de 2014, as elites planejam a derrubada do governo da Presidenta Dilma por meio de uma estratégia claramente golpista.