O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad afirmou na terça-feira (16), que o seu país continua disposto a chegar a um acordo para troca de urânio por combustível nuclear, afirmando também que vai responder de maneira dura a qualquer nova sanção imposta contra o programa nuclear do país.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu nesta terça-feira uma possível mediação do Brasil na crise nuclear entre seu país e os Estados Unidos. Em entrevista coletiva dada em Teerã, ele disse que o Brasil é um "bom amigo", que, tal como o Irã, "procura mudar as coisas" e avaliou que os esforços brasileiros de mediação "seriam frutíferos".
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, advertiu nesta terça-feira (16) que "nós definitivamente vamos reagir" às sanções que se pretende impor ao seu programa nuclear. Mas reforçou também o caminho das negociações, dizendo que "ainda está aberto para um acordo". Ele falou em Teerã, numa entrevista coletiva transmitida ao vivo por TVs iranianas e do oriente Médio.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta segunda-feira (15), em Madri que o Brasil continua disposto a mediar o diálogo entre a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e o Irã, "respeitando o direito do país de ter seu programa pacífico". Os Estados Unidos e outras potências do Ocidente ameaçam o Irã com sanções devido a seu programa nuclear.
Milhões de iranianos celebraram nesta quinta-feira os 31 anos da vitória da Revolução Iraniana, com pronunciamentos oficiais que minimizaram complôs ocidentais e elogiaram o país como "Estado Nuclear", enquanto a oposição novamente mediu forças com o governo.
As sanções contra o Irã parecem inevitáveis, a julgar pelas declarações de altos funcionários dos Estados Unidos, que não deixam dúvidas sobre o que o presidente Barack Obama pretendia, quando advertiu Teerã com “consequências crescentes” se não cedesse em suas ambições nucleares
Por Mohammed A. Salih, para a agência IPS
O governo russo afirmou nesta quarta-feira (10) que aplicar novas sanções contra o Irã em relação a seu programa nuclear não são solução para nada, embora novas medidas "punitivas" pareçam mais "realistas" agora.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou na terça-feira (9) que sua administração desenvolverá um "significativo regime de sanções", nas próximas semanas, mirando o Irã e seu programa de energia nuclear.
O embaixador iraniano no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, elogiou na segunda-feira (8) o apoio brasileiro à decisão do presidente Mahmoud Ahmadinejad de enriquecer o urânio a 20% a partir desta terça-feira (9). A medida é condenada por parte da comunidade internacional.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (30), em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que não se preocupa com eventuais críticas por ter se reunido com o ministro de Relações Exteriores iraniano, Manoucher Mottaki, para conversar sobre temas nucleares. Segundo ele, o papel do Brasil é colaborar para “encontrar uma solução” para o diálogo entre o Irã e a comunidade internacional.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, não prega e nunca pregou a destruição de Israel, ao contrário do que é amplamente difundido pela mídia ocidental. Quem “desmascara” tal versão há anos é o historiador estadunidense Juan Cole, professor da Universidade de Michigan e especialista no mundo islâmico.
Por Igor Ojeda, jornal Brasil de Fato
País só esperará decisão do Ocidente sobre programa atômico até o fim de janeiro, afirma ministro