Em visita ao Brasil, o presidente Barack Obama – o que ia enquadrar os bancos, fechar Guatánamo e retirar as tropas do Iraque e do Afeganistão – anuncia covarde e solenemente a continuidade da política de terrorismo de Estado dos EUA e manda atacar a Líbia.
O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), reunido neste sábado e domingo (19 e 20), aprovou resolução em que repudia a agressão militar promovida por países imperialistas sobre a Líbia, tendo como instrumento a Organização das Nações Unidas (ONU). Na nota, o PCdoB defende que a intervenção "não vai resolver o conflito interno, e só fará agravá-lo". Confira a íntegra da nota abaixo:
O presidente da Líbia, Muamar Kadafi, falou neste domingo (20) que haverá “uma longa guerra no país”. Antes do amanhecer, a capital líbia foi alvo de ataques aéreos das forças aliadas. Apenas em Trípoli, há relatos de 64 mortos e mais de 100 feridos, segundo informações do governo líbio. Em reunião neste sábado (19) com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em visita ao Brasil, a presidente Dilma Rousseff advertiu que a ação militar na região poderia levar ao acirramento da violência.
O discurso hipócrita dos países que iniciaram neste sábado (19) os ataques à Lìbia durou poucas horas. O argumento usado pelos países agressores era de que os "civis líbios" precisavam ser protegidos do "ditador Kadafi", mas foram justamente os civis as primeiras vítimas dos ataques patrocinados pela coalizão formada por Estados Unidos, Canadá, boa parte dos países europeus e alguns países árabes.
A presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, emitiu na tarde deste sábado (19) comunicado repudiando a agressão das potências imperialistas à Líbia. Ela defende uma solução política para o conflito interno do país do norte da África e o respeito aos princípios da não ingerência. Acompanhe a íntegra.
Um avião de combate francês efetuou seu primeiro disparo na Líbia às 16h45 GMT (13h45 de Brasília) deste sábado (19) contra um "veículo militar indeterminado", anunciou em Paris o Estado Maior das Forças Armadas. A rede de TV Al-Jazira informou que as forças francesas destruíram quatro tanques e veículos armados, mas ainda não havia informações oficiais.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cuja presença em nosso país é repudiada por partidos de esquerda e movimentos sociais, deu, durante seu encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o argumento definitivo para que se compreenda por que foi tachado de persona non grata: mandou de Brasília o OK dos Estados Unidos para iniciar a guerra de agressão contra a Líbia.
Como esperado – e, infelizmente, numa repetição da história – tivemos a decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), de intervir na Líbia, declarando a zona de exclusão aérea no país. A mesma ONU silencia ante a invasão do Bahrein por tropas da Arábia Saudita, Estados Unidos e Qatar.
por José Dirceu, em seu blog
Apesar da Líbia ter acatado a resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU, emitida na quinta-feira (17), e ter declarado um cessar-fogo na guerra civil travada contra insurgentes no leste do país, os Estados Unidos, o Reino Unido e a França já declararam que vão continuar a implementação da intervenção bélica contra o país africano, autorizada pelas Nações Unidas.
Apontado como sucessor político do pai – o presidente da Líbia, Muamar Kadafi – Seif Al Islam Khadafi – afirmou nesta sexta-feira (18) que o governo do seu país “não tem medo”, depois da aprovação, pelo Conselho de Segurança Organização das Nações Unidas (ONU), de uma zona de exclusão aérea na região.“Estamos no nosso país e com o nosso povo. E nós não temos medo”, afirmou o filho de Khadafi.
O Conselho de Segurança da ONU estabeleceu nesta quinta-feira (17) a propalada "zona de exclusão aérea" na Líbia, autorizando “todas as medidas necessárias” para um ataque contra as forças regulares do exército, que enfrenta no momento uma guerra civil.