Segundo informações da Agência Lusa e da BBC de Londres, veiculadas no Brasil início da manhã desta sexta-feira (11) pela Agência Brasil, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), formado por cinco países com assentos permanentes e dez rotativos – entre eles, o Brasil -, está dividido sobre a eventual imposição da zona de exclusão aérea na Líbia.
Os ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte – Otan continuam reunidos nesta sexta-feira (11), em Bruxelas, sede da organização, na busca de mecanismos de execução de ações militares contra o governo do líder líbio Muamar Kadafi.
A União Africana rejeitou nesta quinta-feira qualquer intervenção militar externa na Líbia. O organismo continental analisou a situação nesse país e na Costa do Marfim, e firmou posição pela solução pacífica dos conflitos.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) discute nesta quinta-feira (10) opções militares para intervir na Líbia, incluindo a imposição de uma zona de exclusão aérea, o bloqueio naval e a criação de um corredor para levar "ajuda humanitária".
O povo protagonizará uma intensa luta contra o Ocidente se os voos no espaço aéreo na Líbia forem restritos, vaticinou nesta quarta-feira (9) o líder Muamar Kadafi, ao afirmar que tal medida somente confirmará as ambições sobre o petróleo do país.
As rebeliões ocorridas em alguns países do norte da África e na Península Arábica têm sido como um siroco, vento do deserto que enlouquece, queima e destrói.
Moisés Saab, em Prensa Latina*
A crise na Líbia entrou há vários dias numa fase em que já não se pode designá-la como tal, nem mesmo como uma crise do Norte da África. Ganhou o status de grave problema internacional. Rufam os tambores de guerra e os imperialistas já não escondem que são frenéticos os preparativos para cometer mais uma agressão a um país soberano.
Por José Reinaldo Carvalho*
A proposta de adotar uma área de exclusão aérea na Líbia – por meio da qual o espaço aéreo passa a ser controlado por forças estrangeiras – ganha força a cada dia. Na terça-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, conversaram, por telefone, sobre a iniciativa.
A possibilidade de implantar uma zona de exclusão aérea na Líbia fez parte das discussões mantidas na terça-feira (8) no Conselho de Segurança da ONU, confirmou o subsecretário-geral da organização mundial, Lynn Pascoe.
O deputado espanhol no Parlamento Europeu, Willy Meyer denuncio nesta terça-feira (8) a pretensão dos Estados Unidos e da Otan de recorrer a uma intervenção militar na Líbia, em detrimento de uma solução pacífica à crise nesse país do norte da África.
O preço do barril de petróleo atingiu um novo recorde nesta segunda-feira (7), em meio a temores de que a crise na Líbia se transforme em uma guerra civil e se espalhe para outros países produtores na região.
Desesperado para evitar o envolvimento militar dos EUA na Líbia no caso de uma luta prolongada entre o regime Kadafi e os seus opositores, os americanos pediram à Arábia Saudita que fornecesse armas aos rebeldes em Benghazi.
Por Robert Fisk, para o The Independent