Embaixadores dos países-membros do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) estão reunidos em Bruxelas nesta quarta-feira (2) para discutir a realização de uma agressão militar contra a Líbia.
Nas primeiras 24 horas de sua chegada a Trípoli, o jornalista italiano do jornal Il Manifesto, Maurizio Matteuzzi, comprovava que muitos dos acontecimentos divulgados pela mídia ocidental — e também pela árabe como a al-Jazira e al-Arabiya —, não correspondem à verdade.
A Liga Árabe deve aprovar nesta quarta-feira (2), em reunião no Cairo, Egito, resolução que rejeita uma eventual intervenção militar internacional na Líbia. A Liga Árabe é formada por 22 países. O secretário-geral adjunto do organismo, Ahmed Bin Heli, disse que a resolução apela ainda para que o governo líbio autorize o envio de ajuda humanitária e a formação de uma comissão de investigação.
Destruir as defesas aéreas líbias, prelúdio para impor uma zona de exclusão de voos, marcaria o início de uma agressão, admitiu nesta terça-feira (1º/3) o general James Mattis, chefe do Comando Central estadunidense.
O ministro de Relações Externas de Cuba, Bruno Rodríguez, disse nesta terça-feira (1.º/3) em Genebra que seu país deseja uma solução pacífica e soberana na Líbia, sem ingerência estrangeira e que garanta a integridade da nação.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, disse nesta terça-feira (1º/3) que seu país vai manter a pressão política e financeira sobre o líder líbio, Muamar Kadafi, até que ele renuncie. Rice deu uma série de entrevistas a emissoras de TV dos EUA falando especificamente sobre a Líbia.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rejeitou a proposta de intervenção internacional para pressionar o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, a deixar o poder. Chávez disse nesta segunda (28) que invadir a Líbia é uma “catástrofe” e propôs a formação de uma comissão de países para dialogar com as partes em conflito. Para ele, os Estados Unidos pressionam pela saída de Kadafi por causa do petróleo existente em território líbio.
Fogem da Líbia não apenas famílias que temem pelas suas vidas e imigrantes pobres de outros países norte-africanos. Há dezenas de milhares de "refugiados" que estão a ser repatriados pelos seus governos por meio de navios e aviões: são principalmente engenheiros e executivos de grandes companhias de petróleo.
Por Manlio Dinucci*
A exemplo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o governo de Cuba condenou a proposta de intervenção militar internacional na Líbia, na tentativa de pressionar o presidente Muamar Kadafi a deixar o poder. Para Cuba, é necessário buscar o diálogo e respeitar a soberania líbia, disse o representante no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, Rodolfo Reyes. As informações são do jornal oficial cubano, Granma.
Horas depois de a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, ter afirmado que uma intervenção militar na Líbia é uma opção considerada por seu país, as Forças Armadas dos Estados Unidos começaram a ser reposicionadas nos arredores do país africano.
O governo dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira (28), em tom de ameaça, no Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), que estão abertas "todas as opções" em relação à Líbia, referindo-se indiretamente ao uso da força militar.
Quarenta neoconservadores dos Estados Unidos enviaram uma carta ao presidente Barack Obama pedindo que intervenha militarmente na Líbia para derrubar Muammar Gadafi e acabar com a violência.
Por Jim Lobe, na agência IPS