O governo brasileiro adotou posição cautelosa em relação ao conflito na Líbia. Segundo o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena, o Brasil "apoiará todas as iniciativas definidas pelas Nações Unidas". A declaração foi feita hoje ao final do dia.
O engenheiro Emir Mourad, que passou os últimos dois anos morando na Líbia, conta como foi o retorno para o Brasil após o início dos protestos na cidade de Benghazi, em que trabalhava contratado pela construtora Queiroz Galvão. No seu retorno ao Brasil, Emir convidou seus amigos na quarta-feira (2) para um bate-papo no Clube Homs, espaço tradicional de atividades da comunidade árabe no Brasil, para contar sua saga de volta a São Paulo. Entre os presentes, estava o vereador Jamil Mourad (PCdoB).
O governo da Venezuela disse nesta quinta-feira (3) que o líder líbio Muamar Kadafi aceitou a proposta do presidente venezuelano Hugo Chávez de enviar à Líbia uma comissão internacional para mediar a crise no país.
As revoltas no mundo árabe refletem, e por sua vez agravam, a grande crise do capitalismo global. Um dos pilares do imperialismo estadunidense – o seu controle dos recursos energéticos do Oriente Médio – está a ser abalado em profundidade. O imperialismo investe todo o seu arsenal para travar os acontecimentos, ou canalizá-los em direções "aceitáveis". E procura retomar a iniciativa.
Por Jorge Cadima, no Avante!
Em declaração no Conselho de Dereitos Humanos da ONU, na última terça-feira (1º/3), em Genebra, o do Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, fez questões pertinente sobre a atuação do Conselho em relação ao comportamento internacional dos Estados Unidos, marcadamente belicista.
Diferentemente do que acontece no Egito e na Tunísia, a Líbia ocupa o primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento Humano na África e tem a maior expectativa de vida no continente. A educação e a saúde recebem atenção especial do Estado. O nível cultural da população é certamente maior. Seus problemas são de outra natureza.
Por Fidel Castro, no CubaDebate
O líder líbio Muamar Kadafi e o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, concordaram com o plano de paz proposto pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, noticiou nesta quinta-feira (3) a rede de TV do Catar Al Jazira.
Na tentativa de encerrar a crise na Líbia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs intermediar a criação de uma comissão de paz na região. Ele fez a sugestão ao presidente da Líbia, Muammar Kadafi, durante conversa por telefone. O ministro venezuelano da Comunicação e Informação, Andrés Izarra, confirmou a proposta de Chávez ao presidente líbio.
Os povos da Tunísia e do Egito derrubaram duas cruéis ditaduras apoiadas política, econômica e militarmente pelas potências imperialistas dos EUA e da União Europeia. Fizeram-no através de movimentos insurrecionais maciços, com marcada tendência revolucionária democrática e anti-imperialista. Na Líbia, o anseio por democracia está sendo atropelado pela guerra civil e a ameaça de agressão externa.
Por José Reinaldo Carvalho
Os rebeldes que se sublevaram contra a liderança de Muamar Kadafi, na Líbia, pediram nesta quarta-feira (2) que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) autorize uma ação militar contra as forças armadas leais ao governo da Líbia. Embora rejeitem uma provável invasão, querem que a Otan restrinja os voos da aviação militar líbia sobre o país.
Em uma reunião convocada às pressas e realizada nesta quarta-feira (2) na cidade do Cairo, a Liga Árabe esclareceu que a crise na Líbia é “um assunto interno árabe” e que “não requer qualquer intervenção estrangeira”. Os ministros de Relações Externas da Liga Árabe, em resolução, convidaram o líder líbio Muamar Kadafi a tomar “decisões corajosas” para pôr fim à violência e respeitar os “direitos legítimos” da população”.
O líder líbio Muamar Kadafi pediu nesta quarta-feira (2) às potências mundiais que criem uma comissão de investigação e a enviem para a Líbia, para constatar que os supostos civis mortos nas revoltas eram efetivos policiais em cumprimento do dever.