Em finais de fevereiro, as agências noticiosas internacionais informaram que centenas de rebeldes estrangeiros estavam fugindo da província de Ibleb, no noroeste da Síria, através da Turquia. Alguns deles afirmaram que estavam planejando unir-se aos militantes da Al-Qaeda no Mali para lutar contra as tropas francesas no país africano.
Yusuf Fernández
O Conselho de Ministros maliense criou nesta semana uma comissão para o diálogo e a reconciliação nacional, e afirma que "com a participação de diversas forças políticas trabalhará pela estabilidade deste país africano."
O presidente François Hollande anunciou nesta quarta-feira (6) a retirada total das tropas francesas do Mali para abril. Em fevereiro, quando havia anunciado o início da retirada, Hollande previu para o fim de março o fim da sua Operação Serval no país do oeste africano. A mudança de planos ainda não foi explicada.
Instabilidade, combates e outras formas de violência no norte do Mali estão impedindo as pessoas que foram deslocadas de retornar às suas casas. Novos deslocados se somam aos milhares, pessoas que tiveram que partir ou pessoas que as abrigam, que lutam para conseguir água e comida, ou para satisfazer outras necessidades urgentes.
Um movimento civil de Azawad, no norte do Mali, acusou a França, nesta segunda-feira (4), de aliar-se com os tuaregues contra a população árabe, e afirmou que isso vai contra a sua responsabilidade no Conselho de Segurança.
Aviões não tripulados franceses (drones) se converteram em uma ferramenta do regime de Israel para espionar a Argélia, indicou nesta quarta-feira a agência de notícias egípcia Al-Shaab, citando o diário "World Tribune".
No Conselho de Segurança da ONU a Rússia e a China transigiram com a agressão à Líbia, condenaram a agressão à Síria, e agora não se pronunciam claramente acerca de intervenção francesa no Mali.
Por M. K. Bhadrakumar*
A intervenção francesa no Mali reflete uma crise política que tende a generalizar-se na África saariana e subsaariana depois da “Primavera Árabe” do Magreb. “Manifesta-se o lado perigoso da Primavera Árabe”, escreve em manchete o New York Times, e acrescenta: “tinha razão o coronel Gadafi, quando previa que, se ele caísse, o pessoal de Bin Laden chegaria por terra e mar para ocupar as margens do Mediterrâneo”.
Por Antonio Negri, na Redecastorphoto
As potências ocidentais estão respondendo à insegurança no Sahel [região entre o Norte africano e o deserto do Saara] instigando maiores projetos militares. Mas isso pode levar aos mesmos resultados que o Ocidente diz estar tentando evitar.
Por Peter Dorrie*
A França planeja retirar completamente as forças que enviou ao país em 11 de janeiro até o final de março. As negociações para que as tropas africanas passem para o comando da ONU já começaram. Entretanto, um enviado da ONU disse nesta terça-feira (12) que o governo do Mali estava hesitante quanto a deixar as tropas de manutenção da paz da ONU no país.
Uma invasão da África de grandes proporções está em andamento. Os Estados Unidos estão instalando tropas em 35 países africanos, a começar pela Líbia, Sudão, Argélia e Níger. Isto foi informado pela Associated Press no dia de Natal, mas ficou omisso na maior parte da imprensa anglo-americana.
Por John Pilger, em seu site
O Mali, na África, viveu neste domingo (10) mais um dia de confrontos armados. Integrantes de grupos extremistas entraram em confronto com militares leais ao governo, na região de Gao, no Norte do país.