A França pediu à ONU que tomasse o comando das forças no Mali, enquanto Paris prepara-se para começar a retirar tropas no próximo mês. Tropas francesas e malianas tomaram cidades maiores de grupos insurgentes no norte do país, mas muitas estradas continuam fechadas ou sem uso por medo de ataques ou minas terrestres.
A França começará a reduzir o contingente militar deslocado até o Mali a partir do próximo mês de março. O ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, deu esta informação e esclareceu que esse calendário será respeitado “se tudo ocorrer como está previsto”. Nada, porém, é seguro.
Por Eduardo Febbro, em Carta Maior
O conflito no Mali segue em escalada, em meio às declarações internacionais de aumento de tropas, perseguição aos insurgentes, e outras medidas militaristas. Porém, também começam a ser evidenciados relatos de violação dos direitos humanos, coerção, disseminação da pobreza e da insegurança, entre outras ameaças constantes.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
As autoridades da França confirmaram que centenas de militantes muçulmanos foram mortos durante a operação para combatê-los. Não foi informado, porém, um número específico. A informação foi confirmada pelo ministro da Defesa da França, Jean Yves Le Drian.
François Hollande, presidente da França, chegou ao Mali neste domingo (3), para se dirigir às tropas que enviou ao país há quase um mês. O presidente disse ter viajado ao país para agradecer pelo que vê como um “trabalho bem-sucedido” no Mali, mesmo em meio a protestos internacionais contra o intervencionismo militar disseminado e contra seus efeitos para a população.
A intervenção militar francesa no Mali será um dos principais temas da reunião desta segunda (4) no Palácio do Eliseu entre o presidente François Hollande e o vice-presidente estadunidense, Joe Biden.
"Não há hipótese de vitória, por mais que as potentes armas francesas massacrem os tuaregues e seus aliados. Os soldados invasores voltarão (do Mali) sem garbo para casa depois de demonstrar ferocidade e fraqueza nas areias do deserto"
O Mali, teatro de uma guerra civil sangrenta, agravada pela intervenção da antiga potência colonial, a França, é também uma terra de música da melhor qualidade.
O porta-voz do Estado-Maior do Exército francês informou nesta terça-feira (29) que suas tropas tomaram a cidade de Kidal, a terceira maior do norte do Mali, que estava sob domínio do grupo Ansar Al-Dine (Defensores da Fé), supostamente depois de este ter abandonado a região.
O Comitê Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta terça-feira (29) a disponibilização de 18,4 milhões de dólares, através do mecanismo Linha de Crédito Rápido (RFC, na sigla em inglês), para o Mali.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Os governos do Reino Unido e da Alemanha devem enviar reforços para o Mali nos próximos dias, com o objetivo de apoiar a ofensiva militar de forças francesas e africanas. De acordo com a agência pública de notícias de Portugal – Lusa -, o governo alemão sinalizou que pretende enviar o terceiro avião de transporte militar para Bamako, a capital. A aeronave seria utilizada no transporte de militares que estão sendo deslocados para o país africano.
O Mali está a ser alvo de uma intervenção militar estrangeira imperialista. A França, a sua aviação e legião estrangeira são a face mais visível de uma intervenção que envolve várias outras potências da Otan – como a Alemanha e os EUA. A guerra é apresentada como uma “ajuda” às autoridades do Mali para combater organizações que espalham o terror e impõem a Sharia no Norte do Mali, ou seja, mais uma “guerra contra o terrorismo”. Nada mais longe da verdade.
Por Ângelo Alves*