O governo do México informou, nesta segunda-feira (20), que as aulas foram retomadas em 321 escolas do Estado de Michoacán, onde existe um grave conflito envolvendo narcotraficantes, civis e forças do exército. Até o momento, 46 pessoas foram presas.
Diante do avanço das tropas de autodefesa, ou polícias comunitárias, no estado de Michoacán, o governo do presidente Enrique Peña Nieto anunciou o envio de tropas federais para fazer a defesa da região. No país, estão sendo travadas sangrentas batalhas entre o exército, as autodefesas e os narcotraficantes, que são combatidos por estas. No ano passado, ocorreram 990 homicídios no estado. A violência já matou 80 mil mexicanos e deixou outros 30 mil desaparecidos.
O escritor argentino Juan Gelman, de 83 anos, ícone da resistência à ditadura, morreu na noite desta terça-feira (14), no México. Segundo a agência EFE, uma fonte ligada à família informou que o poeta e jornalista sofria de uma doença chamada síndrome de mielodisplasia.
Funcionários da Administração para o Controle de Drogas (DEA, na sigla em Inglês) e do Departamento de Justiça dos EUA podem ter se aliado secretamente a narcotraficantes mexicanos, incluindo a organização encabeçada por “El Chapo” Guzmán (um dos traficantes mais procurados do mundo). As revelações foram realizadas por um relatório divulgado pelo jornal mexicano El Universal.
A rede The Real News transmite uma entrevista, neste domingo (5), com Gustavo Esteva, coordenador da Universidade da Terra, em Oaxaca, no México, sobre as advertências do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) contra o Acordo Norte-Americano de Livre-Comércio (Nafta, na sigla em inglês). Segundo Esteva, também conselheiro dos zapatistas nas negociações com o governo do México, as advertências verificam-se hoje, principalmente com a degradação do trabalho no campo em seu país.
As denúncias por sequestro no México mostram hoje um aumento de 245% em comparação com uma década atrás, segundo cifras do Secretariado Executivo do Sistema Nacional de Segurança Pública (SNSP).
O Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN) celebrou o levante das armas, de 1994, manifestando seu propósito de fortalecer a autonomia das suas regiões, com um novo chamado à rebeldia. Passados 20 anos do levante armado, o EZLN acusou o Governo Federal mexicano de manter uma estratégia de guerra contra o grupo e de querer tomar dele as terras que recuperaram desde então.
O governo mexicano está trabalhando em uma reforma constitucional que outorga autonomia aos povos indígenas. A lei deve entrar em vigor este ano, quando o Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN) comemora 20 anos de levante armado.
O cultivo de cânhamo (Cannabis sativa), do qual se obtém o haxixe e a maconha, pode ser uma opção para uso medicinal, alimentar e industrial, como o têxtil, que atrairia importantes investimentos e desenvolvimento no México, se for legalizado e regulamentado seu cultivo e sua comercialização, afirmam especialistas.
Por Emilio Godoy, na agência IPS
O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), movimento revolucionário mexicano, comemora neste dia 1º de janeiro 20 anos do levante armado no estado de Chiapas, que resultou em várias cidades ocupadas pelos militantes que declararam o território “autônomo e rebelde”.
Autoridades mexicanas se declararam “alarmadas” devido à recente aparição da chamada “heroína dos pobres”, a droga conhecida como Krokodil que ameaça provocar efeitos devastadores entre os dependentes químicos do país.
Com sua publicação no Diário Oficial da Federação, a reforma energética mexicana deixou de ser uma proposta governamental polêmica para converter-se em um fato que, segundo seus promotores, trará importantes frutos ao país.