O choro do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), diante do apoio de dezenas de líderes da base do governo Michel Temer (PMDB), passou longe de sensibilizar o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). O senador exigiu, em discurso no plenário da Casa, que Temer "tire Geddel do Palácio do Planalto, demita esse homem".
Nesta quarta-feira (23), o conselheiro da Comissão de Ética Pública da Presidência, José Saraiva, encaminhou ofício solicitando ao presidente do colegiado, Mauro Menezes, para ser dispensado de analisar a acusação contra o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
A colunista Rosângela Bittar, do Valor, publicou nesta terça-feira (23) uma nota indicando que, mais uma vez, o tucano Xico Graziano recebeu autorização do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para "escrever e publicar artigo em que o indica para ser o presidente da República da transição, eleito indiretamente para esses dois anos que o próprio FH chama de travessia."
Nesta terça-feira (22), ao comentar denúncia feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que ele o teria pressionado a produzir um parecer técnico para liberar a construção de um prédio no qual adquiriu um apartamento, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) apelou para o choro, mas depois disse que o assunto está “encerrado”.
O ministro da Fazenda Henrique Meirelles repetiu, nesta segunda (21), o mantra falacioso de que a crise é fruto da explosão de gastos primários do governo e o ajuste seletivo de Michel Temer é necessário para salvar o país. Segundo ele, Previdência, assistência social e transferência de renda causaram um aumento expressivo na despesa pública. A realidade mostra, contudo, que a dívida brasileira não é nada do outro mundo e o grande vilão é o gasto com juros da dívida – que Meirelles nem menciona.
A presidenta eleita Dilma Rousseff concedeu entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor do Brasil 247, nesta segunda-feira (21), em Porto Alegre. Para ela, os seis meses do governo de Michel Temer (PMDB) demonstram que “venderam gato por lebre”. Ela condena o discurso de Temer de que recebeu uma herança maldita, mesmo depois de seis meses no governo. "Esse discurso não se sustentará".
Diante da denúncia contundente do ministro da Cultura, Marcelo Calero, que pediu demissão acusando o também ministro Geddel Vieira (PMDB-BA) de pressioná-lo a levantar o veto imposto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) à construção de um condomínio residencial em uma área tombada de Salvador, na Bahia, Michel Temer botou Moreira Franco para falar e tentar fingir que está preocupado.
Durante 42 minutos na cerimônia de abertura do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão, Michel Temer (PMDB) fez o discurso dos traidores. Como está há seis meses no governo e não produziu o mundo colorido que prometia antes do impeachment, Temer culpou a presidenta Dilma Rousseff, do qual era vice, pelas mazelas do Brasil e disse que o pior ainda está por vir.
Aliados do governo de Michel Temer têm minimizado a denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, e feito até elogios ao braço-direito do presidente, que está numa situação ruim após ter sido acusado de ter advogado em causa própria junto a Calero, que deixou o governo na última sexta-feira (18).
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o chamado Conselhão, fará sua primeira reunião sob a gestão Temer nesta segunda-feira (21). No entanto, a gestão do usurpador modificou a composição e os representantes da CUT, da CTB, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre outros, foram excluídos da órgão, que tem como tema da primeira reunião "a retomada do crescimento econômico'.
O procedimento da coalizão golpista de atrelamento do Brasil a uma ordem mundial em declínio, combinada com sua linha de desmonte dos avanços sociais e de desmedido e duro ajuste fiscal – em plena recessão econômica – virou fumaça a propalada promessa de que, destituindo a presidenta Dilma, voltaríamos a ter no país o “impulso de confiança” mais revigorado dos “mercados”.
O ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, traz novos elementos ao escândalo que derrubou Marcelo Calero e diz que Geddel Vieira Lima, que usou seu cargo em interesse próprio, pode ter ganho o imóvel avaliado em R$ 2,4 milhões, localizado no edifício que, segundo técnicos do Iphan, agride o patrimônio histórico de Salvador.