Se os bolsonaristas querem fazer do dia 7 de Setembro um marco do ensaio golpista, os democratas precisam fazer dele um marco da defesa da democracia

Valentia bolsonarista é mais sintoma de agonia que de força

Imagem das Forças Armadas sofreu forte desgaste nos últimos meses

População vê as Forças Armadas como uma instituição fechada, conservadora de suas tradições, amedrontante e rica, que talvez não seja querida, mas tem utilidade para a coletividade, desde que assegure a continuidade de valores morais respeitáveis.

Segundo William Waack, “as elites militares estão divididas” – mas é crescente o número de “oficiais superiores descontentes” com Bolsonaro e “seu comportamento desequilibrado”

Para ex-ministro, “comandantes militares não vão agravar a situação entrando em uma polêmica com o presidente da República”

No dia que Bolsonaro leva tanques blindados para a Esplanada dos Ministérios, deputados de diferentes legendas realizam ato em defesa da democracia e reafirmam derrota do presidente sobre voto impresso.

Bolsonaro recorre às Forças Armadas para dar uma demonstração de força no momento mais difícil do seu governo

“Se, por um lado, não existe Estado forte sem Forças Armadas confiáveis e conscientes de seu papel, o que temos visto nos últimos tempos é o irrefreável derretimento da imagem da corporação militar cada vez mais identificada com um partido militar, caracterizado por escândalo de corrupção”

O projeto da “Nova Democracia” (segundo a qual os militares mandam e os demais poderes obedecem) começou a ser articulado, na verdade, no final do primeiro mandato de Dilma

Ontem, durante os trabalhos da CPI, Omar Aziz disse que “fazia muitos anos” que o Brasil não via “membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatruas”. Ministério da Defesa reagiu e chamou senador de “leviano”.

Em uma semana, a deputada Perpétua Almeida coletou 51 assinaturas, totalizando 133, e espera alcançar nos próximos dias as 171 necessárias para o texto começar a tramitar