Cerca de 100 manifestantes contrários a extinção do Ministério da Cultura (MinC) e ao Governo Interino de Michel Temer, ocuparam na noite de quinta-feira (19) o escritório do extinto MinC localizado no Largo da Alfândega em Florianópolis.
O governador Camilo Santana propôs, na última quinta-feira (19/05), durante o 4º Encontro dos Governadores do Nordeste, em Maceió (AL), uma carta dos gestores em defesa do Ministério da Cultura. O documento, que foi prontamente aceito pelos nove governadores da região, será entregue ao Governo Federal.
Os nove governadores do Nordeste assinaram, nesta quinta-feira (19), uma carta na qual se posicionam contra a extinção do Ministério da Cultura. No texto, eles defendem a manutenção das políticas de incentivo à cultura, classificadas como “marcos institucionais” importantes para a “preservação e promoção do patrimônio cultural e da memória brasileira”.
O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o secretário Municipal da Cultura, Magela Lima, o presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho, e o presidente da Comissão de Cultura, Desporto e Lazer da Câmara Municipal, José Acrísio de Sena, assinaram a Carta de Fortaleza em defesa do Ministério da Cultura.
Historiador de formação, Célio Turino se tornou um importante pensador e elaborador de políticas públicas para a cultura. Entre os anos de 2004 e 2010 exerceu o cargo de Secretário de Cidadania Cultural, durante as gestões de Gilberto Gil e posteriormente de Juca Ferreira como ministros da Cultura no Governo Lula. Ele concedeu entrevista à revista Raiz após a decisão do governo provisório de extinguir o Ministério da Cultura.
A volta da pasta da Cultura para o Ministério da Educação, anunciada pelo Governo Temer, é grave, com consequências ainda imensuráveis para o País. A extinção do MinC nos remete à história das políticas públicas de cultura no Brasil.
Por Cláudia Leitão*
Uma ampla mobilização de artistas e intelectuais toma conta do Brasil. Já há dez sedes da Funarte ocupadas em estados diferentes, além do Distrito Federal, a medida busca denunciar a manobra golpista de Michel Temer que extinguiu o Ministério da Cultura. A luta em defesa do MinC vai além do apoio a Dilma Rousseff, trata-se de garantir direitos conquistados ao longo de décadas.
Por Mariana Serafini
Em meio a manifestações contrárias a extinção do Ministério da Cultura (MinC) e a falta de representatividade feminina na composição de seu governo, Michel Temer tenta "unir o útil ao agradável" e sonda algumas mulheres para ocupar uma secretaria nacional de Cultura ligada à Presidência da República que pretende criar como forma de suavizar as críticas. Mas até agora cinco mulheres recusaram a proposta.
Na manhã desta terça-feira (17), artistas, movimentos sociais, estudantes e coletivos culturais ocuparam a representação regional do extinto Ministério da Cultura da Bahia e Sergipe, que fica em Salvador. Segundo os Jornalistas Livres, os manifestantes protestam contra alterações previstas para o centro histórico e também aderiram aos protestos pelo fim da pasta, promovida pelo governo golpista de Michel Temer.
O ator Wagner Moura escreveu um texto a pedido de jornalistas dos jornais Estado de São Paulo e Zero Hora sobre sua opinião a respeito da extinção do Ministério da Cultura. Segundo ele, apenas o segundo publicou.
O movimento cultural tem dado grandes demonstrações da sua força política na recente luta contra o rompimento democrático no Brasil. Nos últimos meses, uma série de atos culturais e políticos envolvendo artistas, produtores, coletivos e redes têm se espalhado pelo país para denunciar o retrocesso do golpe e suas graves consequências.
Por Patrícia de Matos*
Por *Alexandre Lucas