No início deste ano, a União Brasileira de Mulheres (UBM) faz uma retrospectiva das ações realizadas no ano passado. Da posse da presidente Dilma Rousseff à 3ª Conferência de Políticas para as Mulheres, realizada em dezembro, várias atividades contribuíram para o fortalecimento da entidade. Dia 20 de janeiro, em São Paulo, a coordenação executiva da UBM se reúne para definir o plano de ação política para 2012, um ano de grandes perspectivas para as mulheres e todo o povo.
Maria Vargas, Ana Maria Goldfarb e Gabriel Pugliese contam sobre mulheres que se destacaram na ciência e outras que permaneceram na sombra.
Um século depois de premiada, Curie ainda é uma das poucas mulheres na lista do Nobel de ciências e está entre as quatro que mereceram o prêmio por um trabalho em química. “Escolha bem o marido se quiser ter uma boa carreira científica”, propôs a química Maria Vargas, da Universidade Federal Fluminense (UFF), em debate sobre o tema na Fapesp.
Representantes da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM) e do Banco Mundial discutiram nesta quinta-feira (5/1), em Salvador, estratégias para parcerias que possam beneficiar mulheres baianas. O encontro faz parte de uma série de debates que tem como objetivo final o fortalecimento das ações já em curso na área de promoção da autonomia da mulher, além de prevenção e enfrentamento à violência.
Uma série de desafios pontua a pauta feminina da Câmara para o novo ano. É preciso garantir a emancipação da mulher no mercado de trabalho, conquistar direitos na saúde, ganhar mais espaço na política e fazer valer cada vez mais a Lei Maria da Penha (11.340/06). “A pauta da mulher está atrasada, muito atrasada”, resume a 1ª vice-presidente da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES).
Norma é alvo de críticas dos mais conservadores e religiosos do país
Garantir e ampliar os direitos das trabalhadoras domésticas, criar e ampliar programas de capacitação e formação de mulheres para o mercado de trabalho, reduzir a jornada de trabalho para 40 horas semanais, ampliar a licença maternidade para 180 dias a todas as trabalhadoras e promover medidas e ações para a igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho.
Contratar mulher com salário menor que o do homem, exercendo as mesmas funções, pode render multa. É o que propõe um projeto de lei que começa a tramitar na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Segundo o texto (PLC 130/11), o empregador flagrado nesta prática pagará multa equivalente a cinco vezes da diferença verificada durante todo o contrato. O valor beneficiará a trabalhadora que foi o alvo da discriminação.
As mulheres são maioria populacional no país. Na Bahia, a situação não é diferente, já que o público feminino é formado por 7,1 milhões, contra 6,8 milhões de homens, segundo números do IBGE referentes a 2010. A busca pela igualdade de gênero, porém, ainda faz parte das lutas diárias do segmento. Mais espaços e salários justos no mercado de trabalho, participação política, combate à violência e políticas de igualdade racial são apontados como demandas prioritárias.
O espaço, em Amã, será inaugurado em 2013.
Salários precários, acesso limitado à previdência social e maior propensão à pobreza e ao analfabetismo: a América Latina ainda está em dívida com as mulheres, anunciou a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) em relatório divulgado nesta segunda (19).
O próximo ano começa com a garantia de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar situações de violência contra a mulher no Brasil. O colegiado será formada por 11 senadores e 11 deputados e terá 180 dias para apurar denúncias de omissão do poder público quanto à aplicação de instrumentos legais criados para a proteção das mulheres.