Procuradores do Estado de São Paulo acusam o procurador-geral Elival da Silva Ramos de "atuação política" em favor do governador tucano Geraldo Alckmin ao ajuizar uma "ação inepta" contra empresas acusadas de formar um cartel para fraudar licitações do Metrô e da CPTM, conhecido como propinoduto tucano.
A 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo mandou o governador tucano Geraldo Alckmin refazer a ação proposta em agosto contra a multinacional alemã Siemens se quiser receber alguma indenização das empresas acusadas de formar um cartel para fraudar licitações do Metrô e da CPTM.
Nova divulgada pela equipe de José Eduardo Cardozo esclarece que o procurador Rodrigo de Grandis recebeu oito ofícios cobrando providências relacionadas ao caso Alstom, sobre propinas pagas pela multinacional francesa a personagens ligados ao PSDB paulista; reportagem deste fim de semana da revista Istoé aponta "escândalo dentro do escândalo"; ou seja: cai por terra a versão da falha administrativa e do arquivo na pasta errada.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta sexta (1º/11) que renovou o acordo de cooperação com o Ministério Público da Suíça para investigar a fraude em licitação do Metrô de São Paulo. Com a decisão, os pedidos de investigação feitos pelo órgão suíço serão atendidos nos próximos dias.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou nesta terça-feira (29) que o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF) esclareça a falha que impediu a tomada de depoimento de três envolvidos em suposta fraude em licitação do Metrô de São Paulo e pagamento de propina pela empresa francesa Alstom. Os depoimentos foram solicitados pelo Ministério Público da Suíça, que também investiga o caso.
Graças ao conluio entre empresas, ao pagamento de propinas a funcionários públicos e políticos do PSDB e, principalmente, ao trabalho de um lobista, a Alstom conseguiu fechar todos os negócios considerados por ela estratégicos com o governo de São Paulo. De quatro grandes contratos, dois foram combinados entre empresas e deram à multinacional francesa um rendimento de R$ 1,5 bilhão, mais alto do que o esperado.
No primeiro expediente da sessão plenária da última sexta-feira (25), o deputado estadual Lula Morais (PCdoB) criticou a revista Veja pela posição adotada na divulgação do escândalo de superfaturamento nas obras do metrô e na aquisição de trens em São Paulo, iniciado no Governo Mário Covas, passando pelos governos José Serra e Geraldo Alckmin. Na avaliação do parlamentar, a Veja não deu o mesmo destaque para o caso como fez em outros escândalos, alegando “falta de provas concretas”.
"Foi uma falha administrativa", foi como resumiu o procurador da República de São Paulo Rodrigo de Grandis, responsável pelas investigações sobre os negócios da Alstom no Brasil. Segundo ele, somete na quinta-feita (24) foi que descobriu o pedido de cooperação da Justiça da a Suíça e que ele estava arquivado.
O escândalo do propinoduto tucano, que trata da corrupção ativa da multinacional francesa Alstom, empresa investigada pelo pagamento de subornos em projetos ligados aos trens e ao metrô de São Paulo, segue cada mais mais perto da cúpula do PSDB de São Paulo.
A Procuradoria da Suíça enviou novos documentos às autoridades brasileiras que investigam o esquema de formação no cartel dos trens de São Paulo, e os dados reforçam a suspeita de que houve corrupção e pagamento de propina em contratos da empresa francesa Alstom.
Após a Siemens delatar a existência de um cartel para manipular licitações do metrô de São Paulo, o governador paulista adotou postura defensiva. Geraldo Alckmin acionou a Corregedoria do Estado para apurar a denúncia e ajuizou um processo contra a multinacional alemã, no qual exige indenização pelo prejuízo causado aos cofres públicos.
Por Rodrigo Martins*, na Carta Capital
Ao contrário do discurso e da promessa de investigar as denúncias de corrupção envolvendo empresas estrangeiras e companhias estaduais de São Paulo, entre elas o Metrô, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem trabalhado para impedir que qualquer ação ocorra na Assembleia Legislativa de São Paulo – inclusive sobre possíveis esquemas paralelos dentro da máquina administrativa.