A escolha do candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo PT não será o tema principal do jantar que reunirá a cúpula do PMDB na residência oficial do presidente da Câmara, Michel Temer, na noite desta quarta-feira (20). No primeiro encontro que reunirá as lideranças do partido em 2010, a prioridade continua sendo a resolução das divergências na construção dos palanques estaduais com o PT.
“O PSDB demonstra que está descontrolado para a legítima disputa de projetos que ocorrerá neste ano de 2010.” Essa é a resposta do presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), às declarações do presidente do PSDB, senador Sergio Guerra (PE), em entrevista à revista Veja, de que o PAC (Programa de Aceleração do Cresccimento) não se realizou.
O comando do PMDB aguarda para as próximas semanas um convite do presidente Lula para retomarem as conversas sobre a aliança com o PT nas eleições de outubro. Lideranças dos dois partidos se reuniram pela última vez em dezembro, quando consideraram superado o mal estar provocado pela declaração de Lula de que o PMDB deveria apresentar uma lista tríplice para que o PT escolhesse o vice da pré-candidata à sucessão presidencial, Dilma Rousseff.
O deputado do PMDB e interlocutor nas conversas com o PT, Eduardo Cunha (RJ), admitiu à Agência Brasil que a coligação formal entre os dois partidos em torno do apoio possível candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, Presidência corre risco caso não se feche uma aliança em Minas Gerais entre as duas siglas. O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), é mais otimista quanto a um acordo.
O PT já tem seis nomes cotados para disputar o governo de São Paulo (Suplicy, Marta, Palocci, Emídio de Souza, Fernando Haddad e Arlindo Chinaglia), mas nenhum que empolgue. Ou que seja consenso. O partido ainda espera uma decisão de Ciro Gomes (PSB), o preferido de Lula, para definir sua candidatura.
Por Gilberto Nascimento, na CartaCapital
O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, 40, que pretende ser candidato do PT ao governo do Rio de Janeiro em 2010, anunciou seu rompimento com a direção nacional do partido. Neste domingo (6), o segundo turno da eleição petista no Rio resultou em um virtual empate entre o candidato de Lindberg e o defensor de uma aliança com o governador Sérgio Cabral (PMDB), apoiado pelo PT nacional.
O PT leva ao ar neste sábado (5) três comerciais de cinco minutos. Em sua coluna Painel, na Folha de S.Paulo, Renata Lo Prete adiantou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparecerá em um deles, defendendo o projeto de Consolidação das Leis Sociais – que pretende ser uma espécie de CLT dos avanços sociais rwalizados desde 2003.
José Eduardo Dutra, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), teve a maior votação já alcançada desde que a sigla optou pelo processo de eleição direta (PED) de seu presidente, em 2001. Dutra suplantou a marca de José Dirceu no PED inaugural (55,6%). Ele chegou a 58%, com 97% dos votos apurados. A cúpula petista vê no resultado um aval para a política de aliança ampla, preferencialmente com o PMDB, para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Veja o mapa do PT saído da PED.
Na sua primeira entrevista coletiva como presidente do PT, nesta quarta-feira (25), o ex-senador José Eduardo Dutra relançou a proposta do seu partido apoiar o deputado Ciro Gomes, do PSB, para governador de São Paulo. Ciro " tem plenas condições eleitorais de voto e credibilidade para ser candidato em São Paulo", disse o sergipano Dutra, que quebra uma longa linhagem de São Paulo na presidência nacional da sigla. Mas o presidente reeleito do PT-SP, Edinho Silva, também apoia a ideia.
Presidente da Petrobras durante a gestão de Dilma Rousseff na pasta das Minas e Energia, o ex-senador José Eduardo Dutra (SE) confirmou o favoritismo e já está matematicamente eleito no primeiro turno da disputa interna. Ele será o principal dirigente do PT durante as eleições de 2010. O atual presidente do PT, Ricardo Berzoini, dará uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (25) para comentar o resultado da eleição.