“As mulheres serão as mais prejudicadas com a reforma da Previdência se a proposta apresentada nesta quarta-feira (20) por Jair Bolsonaro (PSL-RJ) for aprovada pelo Congresso Nacional.” A afirmação é da professora de Economia e Relações do Trabalho do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp) Marilane Teixeira.
Ao sair do encontro com os governadores e o ministro da Economia, Paulo Guedes nesta quarta-feira (20), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) declarou à imprensa que a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro é contra "os mais pobres" e que vai "resultar num genocídio das próximas gerações".
Se a proposta de reforma da Previdência apresentada nesta quarta-feira (20) pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) for aprovada pelo Congresso Nacional, “as mulheres serão as mais prejudicadas”. A afirmação é de Marilane Teixeira, professora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp).
O governo Bolsonaro já escolheu heróis e vilões no enredo que contará à população para tentar aprovar a reforma da Previdência. Na narrativa oficial, os militares são os “mocinhos” vulneráveis que precisam ser protegidos e poupados, merecendo, assim, regras à parte (prometidas para daqui a 30 dias).
Por André Cintra
Ainda atônito com a profundidade das alterações, escrevo esse texto a pedido de inúmeros alunos, colegas e amigos que pediram minha opinião sobre a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Não pretendo esgotar o assunto, pois isso demandaria um artigo mais extenso e resolvi centrar fogo no que considero mais perverso.
Por Augusto Vasconcelos*
A proposta de “reforma” da Previdência do governo Jair Bolsonaro – em especial o regime de capitalização pretendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes –vai prejudicar não apenas os trabalhadores na ativa. Quem já está aposentado também corre riscos.
Essência da proposta de Reforma da Previdência entregue ao Congresso, a capitalização, prejudica trabalhadores. Parlameentares comunistas criticam texto e acreditam que governo terá dificuldade para aprovar mudança constitucional.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
A ampla maioria da população é contrária a um dos pontos centrais – e mais perversos – da reforma da Previdência do governo Bolsonaro. De acordo com pesquisa XP/Ipespe, 70% dos brasileiros rejeitam a proposta de fixar a idade mínima para a aposentadoria em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. Na prática, a regra 65/62, fruto de uma negociata entre a equipe econômica e o presidente Jair Bolsonaro (PSL), bloqueia o acesso de boa parte dos trabalhadores à Previdência Social.
Acontece nesta terça-feira (20/2), na Praça da Sé, em São Paulo (SP), o primeiro grande ato unitário de 2019 contra a reforma da Previdência de Paulo Guedes – o ministro ultraliberal da Economia do governo Jair Bolsonaro (PSL). É a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora. A atividade ocorrerá no mesmo dia que o presidente vai protocolar sua proposta de desmonte da Previdência Social no Congresso Nacional. Além das centrais, o protesto é apoiado pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.
Clemente Ganz, diretor técnico do DIEESE, afirma que medidas geram um "impacto severo nos direitos dos trabalhadores".
Em sua coluna semanal no Nocaute, o economista Paulo Kliass fala sobre a reforma da Previdência de Bolsonaro que deverá ser enviada ao Congresso Nacional nesta semana. Kliass afirma que o governo esconde um elemento essencial da reforma que pretende aprovar. “Se ele quer resolver um problema de gastança, como alega, devia se ater à conta que é a maior gastadora de todo o orçamento. Ao longo de 2018 foram gastos 380 bilhões para pagar juros e serviços da dívida pública”, diz ele.
O Diário Oficial da União desta segunda-feira (18) não traz a exoneração do ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência. Desde sexta-feira, há especulações de que o presidente Jair Bolsonaro já teria assinado a demissão de Bebianno – o que não se confirmou. Enquanto isso, o governo planeja uma ofensiva com agenda de anúncios para tentar abafar a crise do laranjal.